EU ADORO
ENVELHECER, É LIBERTADOR!
Um amigo diz que ao
envelhecermos devemos escolher entre sermos ranzinzas (e infelizes) ou sábios.
Prefiro a segunda opção.
Sou Marta, com 56 anos,
fonoaudióloga, estudiosa de antroposofia. Em meu trabalho de recuperação
funcional ou de desenvolvimento dos pacientes faz muito sentido, a base é
poderosa simplicidade.
A escolha do trabalho
impacta também nas escolhas do modo de viver. Estou em agradável tempo de vida,
aceito até meio divertida novos limites que vão surgindo, já há alguns anos
(desde 45, 50 anos) – as pessoas em volta ficaram mais solidárias, preocupadas
em me ajudar (até os filhos!), perdoando pequenas falhas, suavizando
obstáculos.
Tenho que ser
honesta e ponderar também que o fato de ter saúde, torna tudo mais fácil. Saúde
conquistada com comida simples, agua, caminhadas, um pouco de sol, e sorte.
Acho que as pessoas no fim não percebem que o medo real é de adoecer, e não de
envelhecer. Em qualquer idade. Perdi um sobrinho de 25 anos, que desenvolveu um
câncer, linfoma. A doença o levou, não a velhice. Crianças de 5 anos tem
leucemia, jovens tem infarto, depressão, acidente vascular cerebral, que podem
ser fatais.
É libertador não
precisar provar mais nada a ninguém, não me cobrar tanto mais por forma física,
por beleza, por produção mesmo que as regras mensais atrapalhem, por vigiar
gravidez indesejada.
O não-quero, não-gosto,
não-preciso, não-faço, não-estou-à-fim não são agressões e sim simplesmente
escolhas, que não desmerecem nada e nem ninguém. Que em princípio a pessoa que
escolhe deve ser a primeira a respeitar.
Tudo está
fluindo. O homem está em permanente reconstrução; por isto é livre: liberdade é
o direito de transformar-se -Lauro de Oliveira
Lima
Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:
bfritzsons@gmail.com
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