sexta-feira, 29 de julho de 2016

EU ADORO ENVELHECER, É LIBERTADOR!
   Um amigo diz que ao envelhecermos devemos escolher entre sermos ranzinzas (e infelizes) ou sábios. Prefiro a segunda opção.
  Sou Marta, com 56 anos, fonoaudióloga, estudiosa de antroposofia. Em meu trabalho de recuperação funcional ou de desenvolvimento dos pacientes faz muito sentido, a base é poderosa simplicidade.
   A escolha do trabalho impacta também nas escolhas do modo de viver. Estou em agradável tempo de vida, aceito até meio divertida novos limites que vão surgindo, já há alguns anos (desde 45, 50 anos) – as pessoas em volta ficaram mais solidárias, preocupadas em me ajudar (até os filhos!), perdoando pequenas falhas, suavizando obstáculos.
   Tenho que ser honesta e ponderar também que o fato de ter saúde, torna tudo mais fácil. Saúde conquistada com comida simples, agua, caminhadas, um pouco de sol, e sorte. Acho que as pessoas no fim não percebem que o medo real é de adoecer, e não de envelhecer. Em qualquer idade. Perdi um sobrinho de 25 anos, que desenvolveu um câncer, linfoma. A doença o levou, não a velhice. Crianças de 5 anos tem leucemia, jovens tem infarto, depressão, acidente vascular cerebral, que podem ser fatais.
   É libertador não precisar provar mais nada a ninguém, não me cobrar tanto mais por forma física, por beleza, por produção mesmo que as regras mensais atrapalhem, por vigiar gravidez indesejada.
   O não-quero, não-gosto, não-preciso, não-faço, não-estou-à-fim não são agressões e sim simplesmente escolhas, que não desmerecem nada e nem ninguém. Que em princípio a pessoa que escolhe deve ser a primeira a respeitar.
Tudo está fluindo. O homem está em permanente reconstrução; por isto é livre: liberdade é o direito de transformar-se -Lauro de Oliveira Lima
Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Oferecemos arquivo de textos específicos, de documentos, leis, informativos, notícias, cursos de nossa região (Americana), além de publicarmos entrevistas feitas para sensibilizar e divulgar suas ações eficientes em sua realidade. Também disponibilizamos os textos pesquisados para informar/prevenir sobre crescente qualidade de vida. Buscamos evidenciar assim pessoas que podem ser eficientes, mesmo que diferentes ou com algum tipo de mobilidade reduzida e/ou deficiência, procurando informar cada vez mais todos para incluírem todos.