VOEI DE PARAPENTE COM MEU NETO
Há quatro anos que este neto
fazia cursos de pára-quedismo, seu trabalho de finais de semana, em que fui
co-financiadora. Eu tinha então 76 anos e voei de parapente em sua companhia, em Santa Catarina ,
Forte de São Francisco. Conversamos o tempo todo, sentindo nossos corpos
planando com suavidade, sustentados pelo pára-quedas, levados só pela brisa, em
vinte minutos inesquecíveis, vendo abaixo as águas do mar se chocando com as
pedras da praia. É completamente diferente da experiência de viajar em um avião!
Saímos às duas horas da tarde, do alto do morro, a única parte difícil são os
quase cem degraus para o acesso, fizemos pouso maravilhoso, retornando em um
planalto próximo, com direito a uma salva de palmas da rapaziada presente!
Nesta época eu já havia perdido há alguns anos o meu esposo para um enfisema pulmonar,
derivante de seu hábito de fumar, e também uma mulher extremamente prática, com
uma capacidade de sobrevivência incrível, apesar do pouquíssimo estudo (faltou
oportunidade), que um insistente câncer de garganta levou – a querida sogra. O
custo emocional, e o dos anos vividos, foram apresentados como um distúrbio de
tiroide e glaucoma – ambos controlados, no momento. O restante da saúde vai
bem, em meus atuais 82 anos de vida. Sou Nilza, e ainda escolho morar sozinha.
Passo um bom tempo com meu filho, minha nora meus três netos e bisneta todos os
finais de ano, em
Joinville. Eles me querem em definitivo por lá, mesmo que em
casa própria. Como prever o futuro? Hesito pelas amigas que tenho aqui, e pelo
momento de sempre levar flores para o meu amado.
“Viva uma vida boa e honrada.
Assim, quando você ficar mais velho e pensar no passado, poderá obter prazer
uma segunda vez.” – Dalai Lama.
Caso real, Elizabeth Fritzsons da
silva, psicóloga, e-mail:bfritzsons@gmail.com
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