quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Enfim começa uma mudança na perspectiva de alimentação !!!

Prefeitura de SP premia escolas que promovem alimentação saudável

06/05/2014 18h28

Concurso premia novas receitas para alimentação saudável nas escolas municipais

Prêmio Educação Além do Prato incentiva a comunidade escolar a discutir hábitos alimentares e saúde; seis melhores pratos serão incorporados ao cardápio da merenda escolar
De Secretaria Executiva de Comunicação

O prefeito Fernando Haddad lançou nesta terça-feira (6) o Prêmio Educação Além do Prato, um convite para que estudantes, merendeiras e educadores busquem novas receitas, para uma alimentação mais saudável nas escolas. Em parceria com o Centro de Excelência Contra a Fome da Organização das Nações Unidas, o concurso incentiva a comunidade escolar a discutir hábitos alimentares e saúde. Os seis melhores pratos serão incorporados ao cardápio da merenda escolar na rede municipal.

“A qualidade da alimentação escolar se reflete na qualidade de vida das pessoas. Tem um impacto imediato na educação e na saúde. Na educação porque uma criança bem nutrida aprende mais. Na saúde porque os hábitos ficam para a vida toda da pessoa”, afirmou Haddad.

Até setembro, as escolas deverão desenvolver sua proposta, que poderá ser para desjejum, colação (alimentação entre o café da manhã e o almoço), almoço, lanche ou jantar. A ideia é que busquem receitas baseadas na cultura alimentar local, pesquisem os ingredientes e testem os pratos na própria cozinha da unidade. É importante que a comida seja saudável, os ingredientes principais sejam frutas, legumes ou verduras e que os alimentos tenham pouco açúcar adicionado, sal ou produtos processados.

Além da qualidade da receita, também valerão pontos a mobilização da comunidade escolar no projeto. “A alimentação é uma relação social de enorme complexidade e, portanto, é uma questão do campo da cultura e dos valores. Quem visita as escolas pode encontrar na hora da refeição todos os dias milhares de gestos de humanidade, de cuidado. Isto nós queremos incentivar”, defendeu o secretário César Callegari (Educação).

Na inscrição do projeto, a escola deverá relatar as ações educativas, o processo de busca e seleção da receita. As escolas que se destacarem serão premiadas com workshops, viagens de intercâmbio e projetos de renovação do ambiente escolar. As seis escolas que apresentarem as melhores propostas ganharão recursos financeiros e o apoio de escritórios de design e arquitetura para melhorar os seus espaços relacionados à alimentação ou à saúde, como refeitórios, cozinhas e hortas.

Os educadores e os merendeiros que desenvolverem os dois melhores pratos da cidade, um quente e um frio, serão premiados com uma viagem para a África. “Estes projetos das escolas serão mostrados não somente no município de São Paulo, mas para o Brasil e para o mundo. Vamos levar os vencedores para alguns países da África para conhecerem a realidade desses lugares e para poderem compartilhar as suas experiências com pessoas que estão ansiosas por aprender soluções”, anunciou Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência Contra a Fome da Onu.

Os segundos lugares viajarão para um estado brasileiro, ainda a ser definido. Os terceiros lugares ganharão um jantar em um restaurante renomado. Para Erika Espíndola Fisher, diretora do Departamento de Alimentação escolar da SME, um dos objetivos do concurso é valorizar o trabalho das 8 mil merendeiras que atuam na rede municipal. “Queremos resgatar o valor afetivo, o vínculo com as profissionais da cozinha e dar a elas uma ampliação das possibilidades técnicas. Vamos fazer elas serem reconhecidas como protagonistas do programa de alimentação escolar”, disse Erika. Na Rede Municipal de Ensino, são servidas 1,9 milhão de refeições diárias para cerca de 940 mil alunos.

O prêmio é realizado em parceria com a Política para o Desenvolvimento da Primeira Infância – São Paulo Carinhosa. “A construção de hábitos alimentares começa na infância e a criança também pode influenciar na mudança de hábitos na família”, lembrou Ana Estela Haddad, coordenadora do São Paulo Carinhosa.

Regras
As escolas podem desenvolver e inscrever projetos até 19 de setembro. Podem participar da disputa todas as Unidades Educacionais da Rede Municipal de Educação (RME) direta e indireta: Centros de Educação Infantil (CEI), Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI), Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEF), Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFM), Escolas Municipais de Educação Bilingue para Surdos (EMEBS), Centros Integrados de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA), Centros Educacionais Unificados (CEU) e Centro Educacionais de Educação Indigena (CECI).

Entre os projetos inscritos, comissões nas 13 Diretorias Regionais de Ensino escolherão as 20 melhores receitas de cada uma das regiões, num total de 260. As merendeiras envolvidas nestes trabalhos selecionados ganharão cursos de técnicas gastronômicas do Senac.

Entre as 260 receitas escolhidas, 78 serão publicadas no livro Educação Além do Prato (seis de cada Diretoria). Em seguida, serão escolhidas as duas melhores receitas de cada região, num total de 26, que seguem para a fase final. Os autores desses projetos serão reconhecidos com workshops de alimentação e educação alimentar ministrados pela Universidade de São Paulo.

Para etapa final, serão avaliadas 13 receitas de pratos quentes e 13 de pratos frios, das quais serão escolhidas as seis melhores da cidade. Em todas as fases, o prêmio contará com comissões julgadoras formadas por nutricionistas, educadores e profissionais de gastronomia.

Detalhes sobre critérios e etapas de seleção, formulários para inscrição e o regulamento completo estão disponíveis no site do prêmio.

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