MUNDO: LUGAR AONDE ENCONTRO AMIGOS
Faltam poucos dias para eu completar 68 anos. Sou Aristeu.
Em minha casa sempre tem um gole de café prontinho para quem chegar. Tenho
orgulho de morar aqui.
Acordo, durante a semana sempre às cinco horas da manhã e
assisto o jornal inteirinho – gosto de saber o que está acontecendo nos outros
países e no Brasil. Gosto também de saber das previsões de tempo, e se vai
chover, e aonde vai chover.
Mas é só para saber mesmo, porque faça chuva, ou sol, ou
frio, às seis horas eu vou para a rua, não vejo a hora de conversar com todos
que encontro – valem crianças, mulheres, homens.
Eu cato papelão (em dias de chuva pesa mais, rende
mais), garrafas, plástico, alumínio, ferro, que vou colocando em um carrinho
que minha bicicleta é capaz de puxar. Todos os vizinhos do meu quarteirão
guardam o material para mim, e muitos amigos que ficam nos trajetos que faço.
Guardam também roupas e objetos – ontem ganhei uma cadeira
de praia!
Às onze da manhã tomo o rumo de casa – para almoçar! Já
cozinhei na véspera – me viro bem com as panelas! E saio à tarde para trabalhar
mais.
Já sou viúvo faz uns oito anos. Aposentado comecei a catar
recicláveis para ajudar no tratamento de minha esposa. Ela já se foi, mas
deixou a filha de coração Michelle, que me deu a netinha querida Milena, de 3
anos, que moram comigo. Continuo a catar para dar mais conforto para elas!
Sou devoto de Nossa Senhora Aparecida, recebo a novena em
casa.
Frequento bailes da minha idade e danço o tempo todo – quem
está lá é para se divertir, não? Até tomo o cuidado de pintar meu cabelo para
ficar mais bonitinho né?
“Eu quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar. ” –
Erasmo Carlos/Roberto Carlos.
Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com
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