Enfrentar uma deficiência devido a algum acidente ou adquirida por nascença –doença de um parente próximo ou mesmo de uma pessoa estranha – é difícil. Mas há várias formas de aceitar a circunstância e, gradualmente, encontrar uma forma de viver independentemente e bem. A partir da convivência com portadores de deficiência física ou mental, eis aqui algumas lições que suas atitudes me ensinaram:
1. Organização
Peça a uma pessoa da família ou a algum amigo para ajudar.
Se há condições, procure por escolas e programas que ensinem a viver independentemente sendo portadores de deficiências.
Considere a mudança para uma cidade com mais recursos e benefícios para deficientes. Você tem direito, como qualquer pessoa, de viver num ambiente limpo, confortável e seguro, além de ter suas necessidades básicas atendidas.
2. Viver plenamente
Pergunte a seu médico quais tipos de exercícios que você pode praticar que o ajudem a ter energia e disposição para viver com a deficiência. Não fique envergonhado se não conseguir se exercitar como as outras pessoas. Não se compare a outras pessoas, nem compare os resultados. Pare se houver dor, especialmente se tiver deficiências nas costas ou nos joelhos. Não se envergonhe de usar bengalas ou próteses. Isso faz parte.
A melhor coisa é aderir à ideia das Olimpíadas Especiais: “Todos são vencedores“. Se você é capaz de fazer qualquer exercício, qualquer progresso que obtenha e que melhore suas aptidões físicas, você já ganhou algo. O esforço conta muito mais que para alguém com total capacidade física. Mesmo que você não possa mudar sua deficiência, utilize todos os recursos possíveis. É seu direito.
3. Tenha calma e educação com pessoas desinformadas
Atente ao fato de que muitas pessoas não sabem como agir em torno de deficientes físicos, auditivos, visuais, etc. Eles podem estar com vergonha de fazer ou dizer algo, e não dizem ou fazem nada para ajudar. Outras agem da maneira oposta, acreditando que deficientes precisam de conselhos ou de conforto. Deixe pra lá. Assim que você conhecer suas intenções e conseguir se manter neutro, conseguirá filtrar suas companhias.
Exija respeito e respeite. À medida que você se aceitar e reconhecer suas aptidões, tornar-se-á uma pessoa corajosa, interessante e independente emocionalmente. À medida que tiver mais paciência com outras pessoas, melhorará suas qualidades sociais. Se você conseguir se manter calmo e tratar outras pessoas com dignidade, os melhores serão recíprocos.
4. Respeite sua própria dor
Procure profissionais, como terapeutas, para ajudar no suporte das dificuldades.
Eleja bons amigos.
5. Não se surpreenda se as pessoas lhe acharem corajoso
Quando se está adaptado às dificuldades da vida, com as deficiências físicas ou mentais, começando a viver normalmente fazendo o que pode, você será uma inspiração para a maioria das pessoas. E isto é verdade. Você é um herói que está conseguindo sobrepujar as dificuldades e fazer da vida o melhor que pode com o que possui. Isto é um exemplo de vida. Faça o seu melhor e viva da melhor forma possível a ser uma inspiração a si mesmo.
6. Aceite sua deficiência
Não adianta culpar a Deus ou a qualquer outra pessoa. Aceitar que você nunca poderá andar, ver ou ouvir ajuda a entender que você ainda pode ter uma vida repleta de carinho, com emoções reais. Isso, por si só, lhe ajuda em seus tratamentos.
7. Mantenha-se ativo
Encontre um hobby que consiga fazer, seja costura, artesanato, pintura, desenho, escrita ou coleções. Redescubra seus interesses. De repente você descobre um talento que poderá se transformar numa atividade lucrativa. Lembre-se, porém, de que o dinheiro não é a única medida deste universo. Mais do que o dinheiro, o trabalho eleva os ideais das pessoas, faz sentirem-se úteis e capazes.
Mantenha-se enturmado nas diversas comunidades online de deficientes. São pessoas reais.
8. Busque por inspiração
Assista histórias de pessoas que vivem plenamente e focam no que podem fazer, não no que não podem, apesar de suas deficiências, como por exemplo a história de Nick Vujicic. Você pode ser uma fonte de inspiração a outras pessoas.
Faça seu melhor, afinal, na grande maioria dos casos, você não escolheu ser portador de deficiências. Congratule-se por suas vitórias e sucessos e seja compreensivo com suas falhas. Não julgue a si mesmo ou outras pessoas pela inabilidade que elas têm ao lidarem com sua situação. Não se importe muito com que os outros pensam. Aceite ajuda dos que realmente querem ajudar, ajudando-os a entender como podem fazê-lo da melhor forma.
Este é apenas um corpo físico que você recebeu e é imperfeito. Um dia você entenderá que todas essas deficiências que limitam uma experiência completa lhe servirão para aprender o que precisava para ser uma pessoa portadora de um espírito celestial e completo. Viva e deixe viver. Foque no que você pode fazer ao invés de lamentar o que não pode. Ninguém absolutamente é perfeito.
Todos temos limitações e deficiências em algum grau, sejam físicas, psicológicas, emocionais... não importa. O que consideramos fraquezas podem na verdade, ser nossa força maior.
Fonte: Família
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segunda-feira, 6 de julho de 2015
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