ACHAVA MEU
CASAMENTO UM DUETO. É UM SOLO.
Sou Ivana, tenho
cinquenta anos. Casei aos vinte e quatro, e coloquei todas as expectativas de
minha vida em fazer de meu marido um homem feliz. Se ele estivesse feliz, eu
também estaria.
Seus compromissos profissionais
nos levaram a constantes mudanças de cidade. Fui professora de nível primário,
com especial habilidade para ajudar crianças com dificuldades de alfabetização
– será que isto reforçou minha postura de me desdobrar para atender?
Durante quinze anos
trabalhei apesar das constantes trocas de cidade – novo trabalho, nova casa,
nova relação de amigos – e saudades do que havia deixado para trás. Até que
decidi usar todo o meu tempo cuidando da casa e da querida filha.
Tantas mudanças me
fizeram não perceber que eu estava presa a uma pessoa que não se ligava ao casamento
com a mesma intensidade emocional de que eu era capaz. Para dizer a verdade,
acho que eu era meio sufocante.
Perceber que ele
tinha se permitido uma pequena aventura foi a oportunidade para eu me afastar e
me repensar – eu precisava de uma transformação! Fui morar sozinha com minha
filha (hoje com vinte e quatro anos). Ele veio nos buscar, tempos depois.
Viemos para esta
cidade. Estamos coexistindo. Encontrei muitas respostas para várias perguntas
de minha vida em espaço holístico, no esoterismo. Se puder usar tudo que está
disponível na Internet, terei condições de me articular profissionalmente na
área, fiz vários cursos.
Estou cursando
informática básica no Senai. O professor e meus colegas se assustaram com meu
grito de alegria quando consegui manobrar o computador sozinha. Era um grito de
liberdade.
“A liberdade é uma planta que cresce depressa, quando ganha raízes.
” – George Washington.
Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:
bfritzsons@gmail.com
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