COMPARTILHAR
A VIDA. COMPARTILHAR A FÉ.
Durante meus sete
primeiros anos de vida tive meu pai ao meu lado. Mas ele continua presente em
meu cotidiano até hoje, quando já tenho setenta anos. Sou Luiz Cazetta.
Morávamos no sítio,
e todas as noites sentavam todos os filhos e meu pai em volta da mesa, que
tinha no centro uma lamparina acesa. Minha mãe ficava ao lado, na lida da
cozinha, ou cerzindo nossas roupas. Rezávamos o terço, conversávamos, fazíamos
orações. Meu pai sabia pouco de leitura e escrita, mas tinha boas noções de
matemática e era preocupadíssimo com nossa alfabetização.
Os valores ali
sedimentados, de cooperação, amizade, honestidade e espiritualidade nortearam
nossa vida inteira.
Mesmo com pouco
estudo cheguei a supervisor de seção de grande empresa. Foi lá que conheci
minha esposa, que tem valores bem semelhantes.
Quando surgiu
oportunidade horária, ela me incentivou a voltar a estudar. Terminei o segundo
ciclo, e ela disse que agora era a hora da faculdade. Eu disse que não, era a
sua vez, eu tomaria conta das quatro filhinhas. Feliz, ela chegou até o
pós-graduação, e nossas filhas todas completaram educação universitária.
Hoje, já aposentado, continuo com forte
vínculo religioso. Sou ministro de Eucaristia, com muita honra. Nas festas
juninas de minha paróquia fui escolhido para organizar a barraca do pastel – em
dias de festa eu e minha esposa somos responsáveis por terminar seu preparo
para o público!
E os valores
familiares que recebi me fazem um homem político, que assume seu papel crítico
e ativo na sociedade até hoje – escrevo artigos sobre o assunto para o jornal!
“Rezar muito e ter fé. Porque as coisas estão todas
amarradinhas em Deus. ” – Guimarães Rosa.
Caso real. Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:
bfritzsons@gmail.com
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