domingo, 19 de julho de 2015

COMPARTILHAR A VIDA. COMPARTILHAR A FÉ.

   Durante meus sete primeiros anos de vida tive meu pai ao meu lado. Mas ele continua presente em meu cotidiano até hoje, quando já tenho setenta anos. Sou Luiz Cazetta.
   Morávamos no sítio, e todas as noites sentavam todos os filhos e meu pai em volta da mesa, que tinha no centro uma lamparina acesa. Minha mãe ficava ao lado, na lida da cozinha, ou cerzindo nossas roupas. Rezávamos o terço, conversávamos, fazíamos orações. Meu pai sabia pouco de leitura e escrita, mas tinha boas noções de matemática e era preocupadíssimo com nossa alfabetização.
   Os valores ali sedimentados, de cooperação, amizade, honestidade e espiritualidade nortearam nossa vida inteira.
   Mesmo com pouco estudo cheguei a supervisor de seção de grande empresa. Foi lá que conheci minha esposa, que tem valores bem semelhantes.
   Quando surgiu oportunidade horária, ela me incentivou a voltar a estudar. Terminei o segundo ciclo, e ela disse que agora era a hora da faculdade. Eu disse que não, era a sua vez, eu tomaria conta das quatro filhinhas. Feliz, ela chegou até o pós-graduação, e nossas filhas todas completaram educação universitária.
    Hoje, já aposentado, continuo com forte vínculo religioso. Sou ministro de Eucaristia, com muita honra. Nas festas juninas de minha paróquia fui escolhido para organizar a barraca do pastel – em dias de festa eu e minha esposa somos responsáveis por terminar seu preparo para o público!
   E os valores familiares que recebi me fazem um homem político, que assume seu papel crítico e ativo na sociedade até hoje – escrevo artigos sobre o assunto para o jornal!
“Rezar muito e ter fé. Porque as coisas estão todas amarradinhas em Deus. ” – Guimarães Rosa.

Caso real. Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com

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