Foto: Adriana Franciosi/Agencia RBS
Em nome da saúde, um recreio sem balas e refrigerantes.
Isso já acontece na Monteiro Lobato, escola particular do bairro Boa Vista, em Porto Alegre, RS.
Por uma decisão da direção, o bar não venderá mais bala nem refrigerante.
A medida, no entanto, traz novos sabores aos alunos – o principal é estudar em um dos colégios pioneiros de um movimento crescente ao redor do mundo.
Educação alimentar
Por sugestão da nutricionista Karina Frantzeski, a escola decidiu aderir ao Food Revolution Day, ação global capitaneada pelo chef inglês Jamie Oliver, para tornar obrigatória a educação alimentar em escolas.
A iniciativa vem acompanhada de uma tentativa de glamourizar alimentos naturais, frescos e orgânicos e torná-los imunes à resistência da gurizada.
Além de excluir a venda dos itens no bar, foram traçadas ações para aproximar alunos das maçãs e das bergamotas, como distribuir frutas da época e reativar a horta orgânica.
Por questões estéticas e de saúde, a maioria dos estudantes disse não consumir refrigerante, mesmo antes da censura. Já quanto às balas, o sentimento é diferente.
"Sentiremos falta. Agora, vamos ter de trazer de casa", brinca a estudante Manoela Lobato, 15 anos.
Consciência
A explicação da nutricionista para a consciência de parte dessa geração é que ela nasceu sabendo que uma boa alimentação tem suas vantagens.
Consciência
A explicação da nutricionista para a consciência de parte dessa geração é que ela nasceu sabendo que uma boa alimentação tem suas vantagens.
Segunda Karina, os estudantes aprendem desde pequenos que combater doenças começa pela boca.
"Eles têm muita informação, e os pais controlam o que comem. Não vão sentir uma mudança drástica", afirma.
PolêmicaNutrólogo e coordenador da Política de Alimentação e Nutrição da Secretaria Estadual da Saúde, o médico Paulo Henkin considera a decisão da escola polêmica.
"Eles têm muita informação, e os pais controlam o que comem. Não vão sentir uma mudança drástica", afirma.
PolêmicaNutrólogo e coordenador da Política de Alimentação e Nutrição da Secretaria Estadual da Saúde, o médico Paulo Henkin considera a decisão da escola polêmica.
Ele acredita mais em educação do que em proibição alimentar.
"Estratégia de primeiro mundo para um país em que há bolsões de pobreza nem sempre cai bem. O ideal é oferecer frutas e opções saudáveis, porque a criança vai sair da escola e encontrar refrigerante ali na esquina", avisa.
Henkin observa ainda que demonizar o fast food e manter impune o consumo de alimentos ricos em gordura trans, como pães de queijo, croissant e biscoitos, por exemplo, pode ser um grande equívoco.
Saudades
No Monteiro Lobato, as balas de hortelã deixarão saudades.
Saudades
No Monteiro Lobato, as balas de hortelã deixarão saudades.
No último dia de venda, cinco em cada cinco crianças que compraram no bar gastaram seus centavos com elas.
Raras foram as que pediram fruta – sinal de que pais e professores terão muito trabalho pela frente.
Raras foram as que pediram fruta – sinal de que pais e professores terão muito trabalho pela frente.
Com informações ZHVida
http://sonoticiaboa.band.uol.com.br/noticia.php?i=6877
Nenhum comentário:
Postar um comentário