A ideia de adaptar os ambientes urbanos a diferentes necessidades não é nova, mas tem o poder de empoderar milhares de pessoas, permitindo que circulem com segurança e conforto na cidade.
Infelizmente, a realidade para as pessoas com deficiência ainda pode ser bastante difícil na maioria das cidades. Para aqueles com deficiência visual ou perda auditiva, atravessar uma rua não é tão simples quanto apenas olhar para os dois lados. Mas a tecnologia, nesse quesito, assim como vemos acontecer em tantos outros aspectos da vida cotidiana, também pode ajudar – e muito.
Nos Estados Unidos, diferentes inovações surgem com o objetivo de tornar o dia a dia mais seguro e acessível para essas pessoas. Uma delas é o trabalho no desenvolvimento de mapas que as pessoas podem sentir e ouvir. O mapa da foto abaixo, além da superfície tátil, permite que a pessoa escute informações adicionais com o uso de uma caneta específica.
Para as pessoas cegas ou com baixa visão, a experiência de ler um mapa é outra, começando pelas partes e só depois percebendo o todo. Esse é um dos aspectos que precisa ser levado em conta na hora de criar um mapa tátil que possa ser facilmente compreendido. O exemplo vem da Architecture for the Blind, empresa de consultoria que trabalha com mapas e plantas táteis
Em 2012, a Gallaudet University, reconhecida pelo trabalho com a deficiência auditiva, lançou um conjunto de diretrizes para a criação de espaços urbanos que sejam confortáveis para as pessoas que se comunicam usando as mãos, os chamados DeafSpaces.
Inovações significativas também aparecem na exposição Designs of the Year 2015, no Museu do Design de Londres, levando a ideia de design acessível ainda mais longe. Um dos principais destaques foi o projeto Responsive Street Furniture, criado para oferecer aos pedestres uma experiência personalizada, adaptando o espaço conforme as necessidades das pessoas em tempo real.
Os usuários acessam o site para escolher os serviços de que necessitam – lugares para sentar, iluminação extra, mais tempo na travessia de ruas, sinais sonoros – e, quando passam por uma área da cidade equipada com a tecnologia, o espaço usa os dados enviados para oferecer as adaptações solicitadas.
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