“FOI DEUS QUE ME ENTREGOU DE
PRESENTE VOÇE!”
Faz
quatro anos que eu (Terezinha), já na década dos sessenta, entrava vestida de
lilás em um salão lindo, decorado pela minha filha, para me casar com Elson,
que teve a paciência de esperar quase um ano para que eu me sentisse pronta e
também que respeitou meus limites religiosos. Tivemos vinte sobrinhos e uma
neta como padrinhos. Ambos começavam uma
nova vida, a lua de mel foi em Fortaleza, terra de origem do noivo. Desde pequena
precisei alternar a escola com o trabalho de empregada doméstica. Naqueles
tempos as crianças pobres trabalhavam. Assim que consegui troquei pela
tecelagem, passei por todos os setores: encanatório, espuladeira, tear,
urdideira, torcedeira, sala de pano até finalizar na maior função – encarregada.
Já aposentada, fui indicada para trabalhar no Sindicato de Aposentados e lá
aprendi a manejar um computador, no serviço mesmo. Foi neste ambiente que
surpreendentemente nossas vidas se cruzaram, e precisei repensar a idéia de
casamento, neste momento da vida. Acho que estava marcada por vinte e oito anos
do primeiro casamento, em que lutamos muito com alcoolismo. Quando minha filha
se casou, aos vinte e cinco anos, me senti autorizada a me separar, já não
havia mais o afeto do início, a relação se desgastou. Sem estar preocupada com
novo casamento, encontrei um bom companheiro, que depois onze anos de luta o
lúpus me levou. Em paralelo cuidei de minha mãe, que tinha enfisema pulmonar,
durante nove anos. Era de suas filhas a única que podia assumir este cuidado,
naquele momento. Os fatos em minha vida foram acontecendo, sem um plano definido.
Acho que isto nos levou a escolher a música “Foi Deus” para o final da
cerimônia de nosso casamento!
“Uma pessoa não procura a sorte,
a sorte é que procura a pessoa.” (provérbio turco)
Caso Real. Elizabeth Fritzsons da
Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com
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