VIVER MAIS,
ACEITAR LIMITES, VIVER MELHOR
Sou Michele,
fisioterapeuta. Dou aulas de massoterapia, aulas de Pilates e faço
procedimentos fisioterapêuticos em clínica da cidade.
Atendo bastante
pessoas idosas, percebo que vivem mais, mas nem elas e nem seus familiares se
dão conta de que para ter qualidade de vida em idades cada vez mais avançadas
se faz necessário um olhar mais atento destes familiares e até deste idoso para
o momento que está sendo vivido.
Tenho paciente
idoso, que subiu em um banquinho para trocar uma lâmpada. Estava em sua
chácara. É risco, não há apoio. Levou sério tombo, e depois da necessária
tomografia foi detectado o seu quarto acidente vascular cerebral – AVC. Ele
desconhecia os três anteriores, registrados em seu cérebro como cicatrizes.
Perdeu os movimentos de um dos lados do corpo, o equilíbrio e parte de sua
visão lateral. Fica muito incomodado pelo fato de precisar que o filho assuma
seu transporte para a fisioterapia. Em depressão fala de vender sua chácara –
como desfrutar da mesma nesta condição? Conta quantas sessões de seu tratamento
faltam para chegar ao “fim”, como se nessa data acabassem também seus incômodos
de saúde.
Percebo negação da
realidade de existir menos agilidade, menor força muscular em braços e pernas,
menos percepção de obstáculos como tapetes, ossos mais frágeis, com frequência
tanto da parte dos próprios idosos como da família. Parece até que se não
perceberem tudo isto, estas dificuldades não existirão!
É reconhecendo
nossos limites que podemos avaliar quais são as nossas forças. Neste caso, mais
realidade significaria menos sofrimento e mais qualidade de vida para todos.
Faça o que você pode, com o que você
tem, no lugar onde você está!
Theodore Roosevelt
Caso real,
Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:bfritzsons@gmail.com
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