Sexta-feira, 30 de Agosto de 2013
Idosos: Perda de memória pode ser reversível
Um grupo de investigadores norte-americanos conseguiu identificar uma das principais causas da perda de memória com a idade. A explicação está numa proteína do hipocampo e a descoberta pode vir a conduzir a novos tratamentos para reverter o processo.
Com recurso a ratos de laboratório e oito cérebros humanos doados para investigação científica, a equipa liderada pelo Nobel da Medicina Eric Kandel descobriu que o gene RbAp48 está diretamente associado à perda da memória com o envelhecimento.
Os resultados deram conta de que a quantidade de proteína produzida por este gene é 50% inferior nos cérebros mais velhos do que nos mais novos. Num total de 17 genes analisados, que indiciavam estar na origem de mudanças a nível do hipocampo, consoante a idade, o gene RbAp48 foi aquele que revelou mais alterações significativas.
Durante os ensaios, os cientistas conseguiram descobrir que ao 'desligar' a proteína nos ratos mais novos, eles perdiam facilmente a memória. Por sua vez, o reforço da proteína nos indivíduos mais velhos aumentava a sua memória.
"Ficámos surpreendidos por ver que aquele aumento não só melhorou a memória dos ratos, como levou a um desempenho semelhante ao dos ratos mais novos", refere Elias Pavlopoulos, co-autor do estudo, em comunicado.
O estudo revela ainda fortes evidências de que a "perda de memória com a idade e a doença de Alzheimer são duas condições distintas". Os investigadores garantem que esta se trata da primeira prova molecular da diferença entre a perda de memória relacionada com a idade e a doença de Alzheimer.
Os resultados, publicados na edição online da revista Science Translational Medicine, representam ainda um "forte potencial para serem transformados em novas terapias".
O estudo revela ainda fortes evidências de que a "perda de memória com a idade e a doença de Alzheimer são duas condições distintas". Os investigadores garantem que esta se trata da primeira prova molecular da diferença entre a perda de memória relacionada com a idade e a doença de Alzheimer.
Os resultados, publicados na edição online da revista Science Translational Medicine, representam ainda um "forte potencial para serem transformados em novas terapias".
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