GLORIA A DEUS, SENHOR JESUS!
Sou Cícero, estou sempre agradecendo as bênçãos recebidas, em bom som,
em todos os lugares. Sou católico fervoroso, de três missas por semana, rezo
todos os diais pelos meus médicos, professores, pelos meus amigos e pela
família. Tenho cinqüenta e quatro anos, e faz trinta anos que tive
pressentimento ruim, uma “tremura” por dentro. Jogando futebol senti dor de
cabeça muito forte, desmaiei, e no hospital o doutor disse para meus familiares
que era “meningite, da braba”. Fiquei no balão de oxigênio um mês e oito dias.
Escapei, mas a imobilidade gerou feridas profundas nas costas, nas nádegas e
nos calcanhares. Os médicos alertaram a família para sério risco de vida.
Depois de um longo tempo, de enxertos, escapei. Mas não conseguia me sustentar,
era levado por outras pessoas, com as pernas inertes, tentava andar e me
curvava todo. Até hoje as cicatrizes impedem alguns movimentos, não tenho a
flexibilidade que já tive. Foi um período tão duro de minha vida, que só
percebi que meu filho tinha nascido, quando ele fez um ano de vida. Dependi muito
de outros para banho, higiene e movimentação. Meu peso de 72 quilos passou para
32. Fui acordando para a vida de novo – atravessei uma rua, devagar, com a
bengala. Carpi cinco pés de café. Gloria a Deus!Voltei a jogar bola, devagarzinho.
Trabalhar no caminhão de limpeza pública, subindo e descendo do carro em
movimento, segurando os sacos de lixo foi uma bela fisioterapia. Nasceu a
filha. Em outro emprego aprendi a tratar de efluentes, aonde me aposentei, 24
anos depois. Com diabetes, busquei atividade física – yoga, dança circular e
ginástica. Tenho minha casa, minha esposa, dois filhos, um netinho, amigos. Gloria
a Deus por todas estas bênçãos!
“Não há no mundo exagero mais
belo do que a gratidão” – Jean de La
Bruyére
Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva,
psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com
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