Acessibilidade pode ser nicho para pequenas empresas
As áreas de atuação são muitas. Muitas empresas têm dificuldade de encontrar um profissional capacitado com deficiência, o que mostra que capacitação profissional para esse grupo é um nicho promissor.
Publicada em 11 de março de 2014 - 09:00
Mais de 45,6 milhões de brasileiros (24% da população) declararam ter alguma deficiência, segundo o Censo de 2010 do IBGE. Mesmo assim, essa parcela da sociedade carece de serviços e produtos. “Foque seu negócio naacessibilidade. E, se tiver outro negócio, foque na acessibilidade também”, enfatizou o educador Nelson Junior, consultor em acessibilidade, Libras e Braille, durante palestra na Terceira Feira do Empreendedor do Sebrae, em São Paulo.
Há mais de 20 o Brasil dispõe de uma lei que obriga grandes empresas a contratarem deficientes – o que ajudou essas pessoas a terem renda. “Cego compra e compra bastante. Estamos ganhando dinheiro, pois entramos no mercado de trabalho”, comenta o locutor de rádio Celso Bianchi Colette.
Há mais de 20 o Brasil dispõe de uma lei que obriga grandes empresas a contratarem deficientes – o que ajudou essas pessoas a terem renda. “Cego compra e compra bastante. Estamos ganhando dinheiro, pois entramos no mercado de trabalho”, comenta o locutor de rádio Celso Bianchi Colette.
A empresária Patricia Tamani, que trabalha com impressão em braile há 12 anos, diz que sua área de atuação está crescendo. Um restaurante que oferece versão em braile do cardápio, por exemplo, fidelizará um cliente – e trará novos, pela propaganda boca a boca.
O instrutor de Libras Ademir Toledo Piza dá outro exemplo. Na sua área, o mercado está tão aquecido que faltam profissionais. Segundo ele, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é a segunda do país em número de usuários. “É uma questão de tempo. Vai ‘bombar’ daqui a três anos, o que é tempo suficiente para se especializar”, aposta Nelson Junior. “Professor de inglês não é mais luxo, mas de Libras, sim.”
“Muitos empreendedores pensam que investir em acessibilidade é gastar dinheiro e não vê como negócio”, analisa Nelson Junior. Um sinal disso era o próprio público do debate sobre acessibilidade na feira do Sebrae: o local tinha menos gente que outros ministrados no mesmo horário.
As áreas de atuação são muitas. Muitas empresas têm dificuldade de encontrar um profissional capacitado com deficiência, o que mostra que capacitação profissional para esse grupo é um nicho promissor. Estabelecimentos e instituições precisam ser adaptados, o que gera possibilidades para os setores de construção e de objetos relacionados à acessibilidade. Tradutores de libras e revisores de braile são profissionais requisitados, o que traz vantagens para quem estar no setor da Educação, por exemplo.
“Além de você ter lucros, está colaborando com a acessibilidade”, diz Nelson Junior.
Fonte: Terra
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