26/11/2013 , às 16h00
Saúde do Idoso é foco de discussão em Brasília
De 26 a 28 de novembro acontece o VIII Colegiado Nacional de Coordenadores de Saúde da Pessoa Idosa
O Ministério da Saúde, por meio da Coordenação Saúde da Pessoa Idosa/Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), realiza o VIII Colegiado Nacional de Coordenadores de Saúde da Pessoa Idosa, com o objetivo de estreitar parcerias, propiciar a troca de experiências entre as entidades e governos e buscar subsídios para aperfeiçoar o atendimento da Atenção Básica à população idosa do Brasil.
Como envelhecer com saúde? Essa pergunta orienta as diretrizes adotadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é um dos maiores desafios nos dias de hoje. Já é comprovado cientificamente que as pessoas vivem por mais tempo em razão de melhorias na nutrição, nas condições sanitárias, nos avanços da medicina, nos cuidados com saúde, no ensino e no bem-estar econômico. Mas o envelhecimento ainda traz outros desafios sociais, econômicos e culturais que devem ser tratados com carinho.
No VIII Colegiado será possível mapear as experiências municipais e estaduais em saúde da pessoa idosa, por meio da apresentação de 107 experiências, de acordo com os critérios: 1. Alinhamento com princípios e diretrizes do SUS; 2. Caráter inovador; 3. Reprodutibilidade em outras realidades; e 4. Relevância dos resultados.
Além de estreitar a articulação com os gestores e identificar os cases de sucesso no campo de envelhecimento por territórios, o conhecimento gerado aperfeiçoará o atendimento à população idosa pelo SUS.
De acordo com a diretora do Departamento de Atenção Especializada e Temática (DAET/SAS), Lêda Couto de Vasconcelos, a preocupação em estruturar uma atenção integral à saúde da pessoa idosa não é uma questão do futuro, quando passaremos a ser o sexto país em número de pessoas idosas no mundo. “Hoje já temos 23 milhões de pessoas que merecem receber a melhor atenção à sua saúde possível, em todas as esferas do cuidado. O Ministério da Saúde, junto com os gestores estaduais e municipais, está construindo alternativas para, rapidamente, transformar a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Idosas, em uma realidade de cuidado seguro, integral e resolutivo para todos que necessitam”, afirma a diretora.
“Envelhecimento ativo e saudável”
A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (2006) orienta as ações de saúde da pessoa idosa no SUS. O trabalho é baseado na promoção do envelhecimento ativo e saudável; manutenção e reabilitação da capacidade funcional; apoio ao desenvolvimento de cuidados informais. O idoso saudável tem sua autonomia preservada, tanto a independência física, como a psíquica.
A proposta de envelhecimento ativo e saudável busca oferecer qualidade de vida por meio da alimentação adequada e balanceada, prática regular de exercícios físicos, convivência social estimulante, busca de atividades prazerosas e/ou que reduzam o estresse, que diminuam os danos decorrentes do consumo de álcool e tabaco e da automedicação.
Uma das metas é aumentar a qualidade dos serviços oferecidos pelo SUS para serem trabalhados os detalhes da vida da pessoa idosa. Entre eles, estão: a identificação de situações de vulnerabilidade social; a realização de diagnóstico precoce de processos demenciais; a avaliação da capacidade funcional, entre outros.
A capacidade funcional é medida a partir do grau de preservação da condição do indivíduo para realizar atividades de vida diária e do grau para desempenhar as atividades instrumentais de vida diária. As atividades de vida diária são aquelas ligadas ao cuidado próprio, ou seja, que permitem ao idoso se cuidar e responder por si só no espaço limitado de seu lar, envolvendo, por exemplo: alimentar-se, ter continência, locomover-se, tomar banho, vestir-se, usar o banheiro, andar nos arredores de casa, subir e descer escadas e cortas as unhas.
Cabe, portanto, aos gestores de saúde nas cidades desenvolverem ações para a construção de uma atenção integral à saúde dos idosos em sua comunidade.
É fundamental organizar as equipes de Saúde da Família e Atenção Básica, incluindo a população idosa em suas ações: atividades de grupo, promoção da saúde, controle da hipertensão arterial e diabetes mellitus, temas relacionados à sexualidade, doenças sexualmente transmissíveis e aids.
Os profissionais que trabalham na área devem estar sensibilizados e capacitados a identificar e atender às necessidades dessa população.
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