segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Moralidade Humana e Mecanismos Biológicos

Fonte: http://www.boanoticia.org.br/noticias_detalhes.php?cod_noticia=5564&cod_secao=1

CIÊNCIA

Terapia do amor: neurocientista defende ciclo virtuoso da ocitocina

Quem é mãe sabe o quanto é prazeroso o contato com seu bebê, em momentos como a amamentação. Quem vive um relacionamento amoroso também sabe como é agradável ficar perto de quem se ama. Pessoas com amigos leais e afetuosos, sejam gente ou um animalzinho de estimação, experimentam sensação de segurança e bem-estar. O que há em comum nessas situações? A secreção do hormônio ocitocina, conhecido como o "hormônio do amor", responsavel pelo sentimento de  prazer e de bem estar físico e emocional. Um grande grande estudioso da influência da ocitocina no comportamento humano é o neurocientista Paul Zak, apelidado de Dr. Love.
Ele desenvolveu nos últimos 12 anos um estudo para comprovar sua teoria. Zak esteve recentemente em São Paulo, onde participou do ciclo de palestras Fronteiras do Pensamento. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o cientista defendeu o que denominou de "ciclo virtuoso da ocitocina".

Para ele, o estudo revelou a possibilidade de estimular a produção do hormônio em outras pessoas e, assim, gerar uma sociedade mais generosa. Mas como estimular a ocitocina? Dr. Love responde: “Há uma receita para aumentar os próprios níveis de ocitocina, a minha favorita é dar oito abraços por dia. Cheguei nesse número porque penso em um abraço por hora, durante um dia de trabalho. É como se déssemos de presente a alguém um aumento nos níveis de ocitocina. Também produzimos o hormônio em oração e quando damos atenção a outra pessoa”, explica.

Pesquisa
Zak explicou que em seus estudos ele conseguiu determinar a relação entre altos de ocitocina e uma postura mais generosa. “Quando voluntários participaram de um teste em que tinham que dividir dinheiro com estranhos para poder ter mais lucro, níveis mais altos do hormônio foram encontrados entre aqueles que receberam o montante, em resposta à demonstração de confiança dos doadores, o que fez com que fossem mais generosos. A ocitocina é a base biológica do amor, ajuda as pessoas a confiar nos outros, a dar dinheiro para a caridade”, argumenta.

Durante a pesquisa, Zak mediu o nível do hormônio no sangue dos voluntários. Vale destacar que o pesquisador media a ocitocina em situações reais como em noivos na véspera e depois do casamento.

Um dos resultados encontrados na pesquisa se relaciona com os níveis de ativismo pró-hormônio. Mas o que é isso? De acordo com Dr. Love, o hormônio do amor pode ser impulsionado, transformando-se assim em um ciclo virtuoso. A ocitocina, explica o neurocientista, “gera empatia, que inspira confiança e aumenta os níveis hormonais na outra pessoa o que a leva a demonstrar mais empatia. Isso pode construir uma sociedade mais conectada e afetiva”.

O pesquisador, contudo, ressalta que não tem a pretensão de reduzir a moral humana a uma molécula. Ele afirma que está tentando encontrar “os mecanismos biológicos por trás da moralidade humana”.


Com informações da Folha de S. Paulo
Dica: SóNotíciaBoa

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