sexta-feira, 19 de agosto de 2011

DIS = DIFICIL, LEXIA = PALAVRA

Dois gênios da humanidade, disléxicos: Thomas Edison (inventor da lâmpada), incapaz de aprender a ler, rotulado como deficiente mental pelo seu professor. Albert Einstein (físico, elaborou a teoria da Relatividade), falou depois dos quatro anos e conseguiu ler aos onze (alfabetizado pela mãe).
Dislexia é transtorno do neurodesenvolvimento, definida pela Organização Mundial da Saúde, como dificuldade específica de leitura, não explicada por déficit de inteligência, por falta de oportunidade de aprendizado, ou motivação, ou ainda falhas visuais ou auditivas. O início da fala pode ser tardio ou falho, existem dificuldades de leitura e de organização em tempo/espaço/hora/ e direção. É possível confusão de direita/esquerda, com dificuldades de memorizar números. O desempenho em provas orais é melhor do que em escritas. Geralmente tem grande imaginação, e criatividade, especialmente em desenho, pintura, música, teatro e esportes. Podem desenvolver aversão à escola, desenvolvendo o “escape” de viverem sonhando acordados, no mundo da “Lua”. Trata-se de cérebro sadio, capaz de aprender a ser eficiente de forma diferente do padrão comum.
Por falta de orientação, podem acontecer anos de humilhação e zombarias com rótulos imerecidos de “burro”, “preguiçoso”, que podem selar um destino, levando a pessoa à dificuldades sérias de comportamento, e até  delinqüência. Pesquisas em populações carcerárias norte americanas informam de 70 a 80% sofrem de dislexia. Um problema de inclusão escolar em educação que pode desembocar em problema social. Outro estudo mostrou incidência de 50% de casos de dislexia em população de milionários e empresários bem-sucedidos. Walt Disney e Agatha Christie eram disléxicos. Segundo fonoaudióloga Rejane Rubino (DERDIC/PUCSP) “As dificuldades causadas por esse transtorno podem ser melhoradas em até 80% desde que sejam diagnosticadas o mais precocemente possível e tratadas de forma adequada.” Nossos professores precisam de mais treino e subsídios para rastrear possíveis ligações entre dislexia e crianças agitadas ou apáticas demais, com muita variação de humor, baixo rendimento, falta de coordenação motora, dificuldades de concentração e reconhecimento de símbolos, troca /omissão ou acréscimo de letras em fala, leitura e escrita.Precisamos de serviços de atendimento específico para disléxicos, especialmente para famílias que não poderiam pagar por esta ajuda. Seria democrático para os disléxicos e socialmente justo e oportuno. Não estamos em tempo de desperdício, principalmente de capital humano.

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