SER FORTE E
TER MUITO BOM HUMOR, SOBREVIVER!
Meu nome é Solange,
tenho 47 anos, mãe de um mocinho de 12 anos, e de uma moça com l8 anos, que
souberam segurar as pontas direitinho quando enfrentei um câncer de mama, no
ano passado.
Apesar de todas as
angustias, duvidas e fantasmas, foi muitíssimo reconfortante confirmar o
companheirismo de meu marido.
Tenho seis irmãs,
muito presentes – cada hora aparece uma com um novo “presente” para esta fase,
como um lindo lenço para cobrir a cabeça raspada.
À cada amigo que
reencontrava, percebia extremo constrangimento. Alguns até evitavam
cumprimentar, provavelmente atrapalhados com suas emoções.
Havia o choro
escondido de meus pais, minha mãe havia enfrentado esta mesma doença fazia
cinco anos. Ela estava curada.
Percebi que era eu
que devia ser forte, alegre, capaz de brincar.
Fui à luta, aceitei
a recomendação médica de retirada total do seio, em função de minha idade.
Aceitei as quatro sessões de quimioterapia e as vinte e oito de radioterapia.
Me antecipei e procurei nutricionista um mês antes do início do tratamento,
prevenindo ou minimizando assim disfunções do aparelho digestivo e de baixa de
imunidade, que são possíveis.
Aceitei as
limitações que minha cirurgia impôs ao meu braço - não devo carregar peso
excessivo, dirigir, ou machucar sua pele.
Aprendi a lidar com
o volume diferente de cada lado de meu corpo, esperando pacientemente por uma
reconstrução deste seio, possivelmente daqui um ano e meio. Essência conta mais
do que aparência neste momento da vida.
Precisava deixar bem
claro como gosto de compartilhar a vida com todas estas queridas pessoas!
“Você nunca sabe a força que tem. Até que a sua única
alternativa é ser forte. ” – Johnny Deep.
Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:
bfritzsons@gmail.com
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