PRESSÃO ALTA,
” APARELHO QUEBRADO”, OPORTUNIDADE PARA O AZAR.
Sou Josiane,
separada do marido há dez anos, que aos quarenta tinha um trabalho ligado à
área de informações de nossa prefeitura e administrava a casa com três filhos
ainda pequenos.
Morava com meus
pais, em sua casa e usei o aparelho digital de medir a pressão de minha mãe.
Resultado: 22/17. Repeti a medida no dia seguinte, mesmo valor. Pensei – está
quebrado!
Depois de trabalho,
adormeci lendo. Acordei de madrugada para ir ao banheiro. Minhas pernas não me
obedeciam, pedi socorro, o filho mais velho e minha mãe me acudiram.
Fui da ambulância
para a emergência. Entrei em coma. Juntando o tempo de UTI e de internação
hospitalar foram quatro meses e meio. Precisei de traqueostomia para respirar e
receber alimentação por sonda, não conseguia me movimentar, ou falar. Tive um
AVC.
Já se passaram cerca
de cinco anos. Hoje tenho 45 anos, sou aposentada minhas duas meninas têm 13 e
15 anos e meu moço 18. Ele me acompanha em tudo. Pago minhas contas,
agradecendo à Providência ter recebido a casa como herança.
Os movimentos de
metade de meu corpo existem, mas tenho dificuldades para toda minha higiene,
para me vestir, me deitar e me levantar.
Agradeço o
raciocínio preservado, a capacidade de leitura e uso do computador, que
alimenta minha sede de pesquisar e conhecer.
Era boa cozinheira e
consegui em palavras ensinar meus filhos a serem também. Nem todas as pessoas
entendem o que me restou de fala.
Um conselho? Sejam
vigilantes implacáveis de sua pressão arterial.
“Mesmo quando tudo
parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir
ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é
o decidir. ” -Cora Coralina
Caso real, Elizabeth Fritzsons da
Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com
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