terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

PRESSÃO ALTA, ” APARELHO QUEBRADO”, OPORTUNIDADE PARA O AZAR.

   Sou Josiane, separada do marido há dez anos, que aos quarenta tinha um trabalho ligado à área de informações de nossa prefeitura e administrava a casa com três filhos ainda pequenos.
   Morava com meus pais, em sua casa e usei o aparelho digital de medir a pressão de minha mãe. Resultado: 22/17. Repeti a medida no dia seguinte, mesmo valor. Pensei – está quebrado!
   Depois de trabalho, adormeci lendo. Acordei de madrugada para ir ao banheiro. Minhas pernas não me obedeciam, pedi socorro, o filho mais velho e minha mãe me acudiram.
   Fui da ambulância para a emergência. Entrei em coma. Juntando o tempo de UTI e de internação hospitalar foram quatro meses e meio. Precisei de traqueostomia para respirar e receber alimentação por sonda, não conseguia me movimentar, ou falar. Tive um AVC.
   Já se passaram cerca de cinco anos. Hoje tenho 45 anos, sou aposentada minhas duas meninas têm 13 e 15 anos e meu moço 18. Ele me acompanha em tudo. Pago minhas contas, agradecendo à Providência ter recebido a casa como herança.
   Os movimentos de metade de meu corpo existem, mas tenho dificuldades para toda minha higiene, para me vestir, me deitar e me levantar.
   Agradeço o raciocínio preservado, a capacidade de leitura e uso do computador, que alimenta minha sede de pesquisar e conhecer.
   Era boa cozinheira e consegui em palavras ensinar meus filhos a serem também. Nem todas as pessoas entendem o que me restou de fala.
   Um conselho? Sejam vigilantes implacáveis de sua pressão arterial.
   “Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir. ” -Cora Coralina

Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Oferecemos arquivo de textos específicos, de documentos, leis, informativos, notícias, cursos de nossa região (Americana), além de publicarmos entrevistas feitas para sensibilizar e divulgar suas ações eficientes em sua realidade. Também disponibilizamos os textos pesquisados para informar/prevenir sobre crescente qualidade de vida. Buscamos evidenciar assim pessoas que podem ser eficientes, mesmo que diferentes ou com algum tipo de mobilidade reduzida e/ou deficiência, procurando informar cada vez mais todos para incluírem todos.