Um terço de todos os alimentos produzidos no mundo a cada ano, ou seja, cerca de 300 milhões de toneladas, éjogado no lixo. Nas comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente (5), o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, chamou atenção para uma questão pouco tratada quando se pensa em preservação ambiental: o desperdício de alimentos e o impacto disso no mundo. De acordo comSteiner, a comida que jogamos fora ainda serve para o consumo humano e poderia alimentar mais de 800 milhões de pessoas no mundo.
A reportagem é publicada por Pulsar Brasil, 08-06-2015.
O diretor ainda afirma que a produção de alimentos em escala global é uma das principais responsáveis pelo desmatamento e o esgotamento da água. Oitenta por cento do desmatamento é motivado pela expansão de áreas agricultáveis e pasto para animais de corte. A perda de espécies animais e de biodiversidade acaba sendo a “consequência natural”, deste processo descontrolado.
O modelo de agricultura e pecuária extensivos também é responsável por mais de 70 por cento do consumo de água doce.
Até 2050, a população mundial deve chegar a nove bilhões de pessoas, todas precisando se alimentar. Isso vai ampliar a pressão sobre os recursos naturais. Somado a um provável aumento da poluição, a consequência para a humanidade pode ser catastrófica.
A saída defendida por Steiner é aumentar radicalmente o que os economistas chamam de “produtividade”: produzir mais gastando menos. Modificar os padrões de produção e consumo, revertendo a lógica de extração, produção, consumo e desperdício para uma economia verde. Segundo o diretor, o consumo global já é 1,5 vez maior do que a capacidade do planeta de suportar tanto a extração de matérias-primas quanto a produção de resíduos.
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