AOS 90
ANOS GANHEI FESTA TÃO BONITA!
Hoje já tenho 93,
meu nome é Elza.
Nesta festa não
faltou ninguém, vieram até meus primos de Jaú! Dá uma sensação tão boa de ser
querida!
Criança estudei até
meus 7 anos. Meu pai investiu em plantação de café, o preço caiu. Ele dizia que
deitou rico e acordou pobre. Precisou vender nossa casa, mudamos para o sítio,
eu e meus irmãos não pudemos continuar nosso estudo. Até hoje não me
conformo...
Mocinha, adorava
passear. Gostei de moço bem mais velho que eu.Casamos, mas ele não foi muito
hábil para administrar nossa vida de família que nunca teve sossego financeiro.
Tivemos quatro filhos, uma mulher. Tenho 8 netos.
Com 46 anos consegui
emprego de servente no SESI, adorava meu serviço! Podia fazer novas amizades.
Meu marido faleceu,
e continuei trabalhando até os 60 anos. Morava com meu caçula, e depois que ele
casou passei a morar sozinha durante uns 20 anos – eu e minhas plantinhas....
Não tinha medo.
Eu e minhas amigas
passeávamos todos os dias, buscávamos os grupos de ginastica de terceira idade,
chegamos a participar de dois corais ao mesmo tempo!
Chegou então a hora
em que minha filha achou mais certo que eu viesse morar em sua casa, aqui em
Americana. Ela tem hoje 70 anos, e seu marido 71. Ele é muito carinhoso comigo.
Minha audição e
minha visão já inspiram cuidados, e preciso de algum apoio para me locomover
desde que fiz cirurgia para a coluna, aos 85 anos. Tinha muita dor, resolveu.
Uso um batonzinho
todos os dias!
Faço casacos e
sapatinhos de crochê para bebes que precisam ganhar um agasalho.
“O tempo é um ponto de vista. Velho é quem é um dia mais
velho que a gente...” Mario Quintana
Caso real. Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:
bfritzsons@gmail.com
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