Além de uma reforma nos espaços internos, CCMQ terá filmes com audiodescrição para pessoas com deficiência visual
Tão logo saiam de cena tapumes e andaimes que escondem os reparos em andamento, a Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) deve engatar a segunda etapa das obras que lhe devolverão ao público repaginada e em plenas condições de uso.
Na primeira semana de outubro, deverá ser realizada no Ministério da Cultura (MinC) a reunião final para a liberação dos R$ 3,7 milhões a serem investidos em melhorias de instalações, equipamentos de som e luz e produção de conteúdo com foco na acessibilidade.
Essa é a segunda parte do aporte de R$ 8 milhões do Banrisul, viaLei Rouanet. Os primeiros R$ 4,3 milhões tiveram como destino o restauro da fachada, de aberturas, esquadrias e do telhado, além de obras de impermeabilização. É o maior investimento em melhorias nos 24 anos da CCMQ.
— Nossa estimativa é retirar os tapumes e dar por concluída a restauração externa na segunda quinzena de novembro — projeta Eduardo Vital, presidente da Associação de Amigos da Casa de Cultura.
As obras internas, explica, devem ter início ainda em 2014:
— Como fizemos na primeira etapa, só começaremos o trabalho com o dinheiro na conta, garantia de que ela será iniciada e concluída no prazo. Acredito, ainda sem um cronograma oficial, que a execução durará até oito meses.
Para produzir conteúdo voltado a pessoas com deficiência visual foi contratado o Som da Luz, estúdio da Capital especializado em projetos audiovisuais com audiodescrição, também responsável pelos novos equipamentos de iluminação, climatização e sonorização dos teatros Bruno Kiefer e Carlos Carvalho e do auditório Luis Cosme. As melhorias atendem a reivindicações de longa data de público e artistas.
— A audiodescrição de um filme é algo minucioso — diz Sidnei Schames, sócio do Som da Luz com Bruno Klein Jr. — O trabalho não pode interferir nos diálogos e nos efeitos sonoros do filme.
Audiodescrição em filmes e livros
Com a Casa de Cultura Mario Quintana repaginada, está programada para 2015 uma mostra com 34 clássicos do cinema brasileiro adaptados para pessoas com deficiência visual com o recurso da audiodescrição. Serão exibidos, com entrada gratuita, sempre às quartas-feiras, filmes realizados entre os anos 1930 e 2000, selecionados pelos críticos José Geraldo Couto e Gilnei Silveira. Entre eles, estão obras seminais como Limite (1931), Rio 40 Graus (1955) e Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964).
Já a Coleção Mario Quintana Acessível contará com o registro fonográfico de poemas de Mario Quintana em CDs de livros falados (com leitura objetiva, sem interpretação). Serão produzidas mil caixas com 21 CDs cada, sendo 15 títulos com temática adulta (como Caderno H) e seis voltados ao público infantil (a exemplo deA Vaca e o Hipogrifo), selecionados por Elena Quintana, sobrinha do poeta. A coleção será distribuída gratuitamente para as bibliotecas da rede do Estado e entidades de deficientes visuais.
As obras na CCMQ
— Em dezembro de 2011, foi anunciado o patrocínio de R$ 8 milhões do Banrisul, via renúncia fiscal da Lei Rouanet, para restauração e melhoras na CCMQ.
— A primeira etapa das obras, orçada em R$ 4,3 milhões, iniciou em junho de 2013 e tem previsão de conclusão em novembro de 2014. Os trabalhos envolveram o restauro de fachadas, janelas, esquadrias, portas e do telhado, além da impermeabilização de pontos sujeitos a infiltração de água.
— A segunda etapa começará após a liberação de R$ 3,7 milhões restantes junto ao Ministério da Cultura, processo que deve ser aprovado em outubro. A previsão é de que as obras comecem ainda em 2014 e sejam voltadas para as instalações elétricas, a climatização e os equipamentos de som e luz dos teatros e do auditório. Também receberão investimentos a sinalização, a capacitação de pessoal e a produção de conteúdo voltado à acessibilidade, como filmes e livros com audiodescrição.
Fonte: ZH Entretenimento
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segunda-feira, 6 de outubro de 2014
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