Fonte: fonte: http://thecityfixbrasil.com/2014/02/06/como-sera-o-transporte-urbano-em-2030/
A ONU estima que até 2030 cerca de 60% da população mundial estará vivendo nas cidades. Seremos 5,1 bilhões dividindo espaços urbanos e se espera que, até lá, tenhamos encontrado melhores maneiras de se locomover pela cidade.
O questionamento sobre quais novos modais de transporte terão lugar nas próximas décadas é o foco de uma nova exposição da galeria da Boston Society of Architects, a Rights of Way: Mobility and the City, que permanece aberta à visitação até maio deste ano.
Os curadores, James Grahan e Meredith Miller, fundadores do escritório Milligram, foram incumbidos de selecionar algumas propostas promissoras que imaginam o transporte em 2030.
Muitas das ideias analisadas pelos arquitetos focam em novos modelos sobre rodas e outras procuram por uma renovação na infraestrutura da cidade em paralelo às soluções de mobilidade. Mas alguns dos projetos mais valiosos são os que incorporam as redes de transporte já existentes a planos de mobilidade ainda mais amplos, que consideram as diferenças sociais e são abertos a inovações no setor de transportes desde a base.
Uma vez que áreas urbanas com maior densidade populacional tendem a ter mais ciclistas, pedestres e carros dividindo o mesmo espaço, soluções informais podem ser uma boa pedida. Graham e Miller classificam essas soluções como “mobilidade protética”, e destacam a LightLane como exemplo. O mecanismo de lasers e luzes de LED que projeta uma ciclovia pessoal para o ciclista garante alguma liberdade e segurança em áreas desprovidas de infraestrutura adequada para as bicicletas.
Outra ideia apontada pelos arquitetos é o Tripanel, um dispositivo que aposta no compartilhamento do espaço. Seguindo a linha de pesquisas que sugerem que dividir o mesmo espaço estimula o cuidado e a conscientização das pessoas, o mecanismo traça uma superfície que varia entre grama, asfalto e células fotoelétricas, assumindo que os veículos do futuro poderão ser carregados enquanto andam.
De uma agência d arquitetura e urbanismo da China, veio o projeto que desloca o transporte para baixo da terra. Tendo em mente o crescimento populacional – e com ele o aumento do número de carros, rodovias e emissões de poluentes –, a ideia é deixar a cidade mais livre, verde e aberta a espaços públicos.
Para Miller, é um engano pensar que existe ou existirá uma solução única e milagrosa para os problemas de mobilidade das áreas urbanas. Por essa razão, a arquiteta vê as propostas de planos integrados de mobilidade como aquelas com maior potencial. Uma delas é o projeto de um sistema de teleféricos para Caracas, na Venezuela. Em lugar de construir uma infraestrutura totalmente nova no centro da cidade, o plano desenvolvido pelo Urban-Think Tank liga as áreas de moradia informal e os bairros mais altos da cidade ao sistema de transporte público da cidade via teleférico.
Como os dois curadores da mostra apontam, grandes ideias para o planejamento urbano muitas vezes se transformam em redes totalmente diferentes das ou acabam gerando modais criativos e inovadores para se locomover. As pessoas moldam as cidades dia a dia e o curso das coisas muda com frequência. Mais do que projetar uma cidade em larga escala de tempo e espaço, tanto Miller quanto Graham enfatizam que a chave está em um conceito de planejamento aberto e flexível.
Fonte: Fast Company
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