A vida exige flexibilidade e foco.
Minha mãe me queria professora.
Em Palmeira do Oeste não havia escola para tanto, assim fui
para os internatos da vida. As freiras também me ensinaram o valor da oração,
da contenção emocional, da luta pelos objetivos, o amor ao próximo. Sentia
muitas saudades. Quando minha família mudou-se para Votuporanga pude terminar
meu curso de normalista, morando em casa de novo.
Meu primeiro namoro, com um moço
que eu achava muito bonito, farmacêutico prático, resultou em casamento cheio
de companheirismo, amor acrescido de carinho com o evoluir do tempo. Foi pai
maravilhoso, lutamos muito pelo diploma dos três filhos.
Cuidou destas
crianças para que eu fizesse a faculdade de Ciências e de Matemática. Sempre
ensinei minhas matérias e também a importância da boa convivência entre alunos,
e com os pais.
Faz quatro anos que Miro perdeu a
dura batalha para a diabete e a hipertensão, antes de seus 70 anos. Tenho a
certeza de que está no céu, era muito bom de coração.
Quando você passa a ser viúva, parece que
o chão se abre e você fica lá, meio perdida. Tive e tenho sólida ajuda dos filhos,
seus parceiros e netos, durante a doença de meu esposo, e agora, neste novo
momento.
Tenho meu apartamento, mas convivo com
eles e ajudo em tudo o que posso diariamente. Duas filhas moram próximas de
mim. Participo de grupo de orações e de várias atividades no SESI. Fui apoiada
para realizar antigo sonho – fiz a viagem até N. Sra. de Lourdes e à Terra
Santa. Não me sinto pessoa velha, mas sim pessoa independente.
Meu nome é Lourdes, tenho 72 anos.
“Seja cortês com todos, sociável com muitos, íntimo de poucos, amigo de
um e inimigo de nenhum.” – Benjamin Franklin
Caso Real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:bfritzsons@gmail.com
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