O esporte aproxima as pessoas
Eu não sei se escolhi o Polo como esporte de
minha vida, ou se foi minha paixão pelos cavalos que me fez escolher atividade
em que pudesse conviver intensamente com eles. Criança, em zona rural,
cavalgava doze quilômetros para chegar à minha escola. Quando moço, um amigo me
apresentou ao esporte – só precisei aprender a taquear.
O cavaleiro
precisa estar em ótima forma física e o esporte gera uma adrenalina que é quase
viciante. O jogo acontece em seis tempos de sete minutos cada. Cada jogador
precisa dispor de sete a oito cavalos para dar conta do esforço da partida.
Precisam ser de puro sangue, de estatura mediana, o que facilita a sua
manobra. Não podemos nos confrontar
fisicamente, somente o taco do cavaleiro deve atingir a bola, que tem peso
certo. Um embate facilitaria a queda, e se a espinha do cavalo rolar em cima do
corpo do cavaleiro, é difícil que este sobreviva, devido ao seu peso. Já vi
dois parceiros morrerem. E o cavalo, em uma queda, luta desesperadamente para
não pisar em seu cavaleiro, sempre!
Graças ao desempenho que tinha consegui
conhecer a Índia, a França, a Espanha e quase toda a América do Sul – o jogador
de Polo paga a sua passagem, e os organizadores do torneio nos hospedam e
fornecem os cavalos. Fiz muitos amigos!
Conforme os
anos foram se acumulando fui percebendo menos precisão nos reflexos, fiquei
mais lento - tenho oitenta anos, e já
faz um tempo que mudei para o golfe. Um filho herdou meus cavalos. Mas é um
quase se conformar, e aceitar os limites do tempo – a paixão era o Polo.
Mas esposa,
três filhos e seus parceiros e seis netos movimentam minha vida!
“Há algo no
exterior do cavalo que faz bem ao interior do homem.” – Winston Churchill.
Caso real,
Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:bfritzsons@gmail.com
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