segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Caso real - convivência equilibrada com Lupus

SOU DETERMINADA, LUTO SEMPRE!


    Com vinte e nove anos, a filhinha tendo dois, fiz cirurgia para extirpar um aneurisma. Acabaram-se as minhas terríveis dores de cabeça, fiquei sem seqüelas. Quando fiz trinta e dois anos comecei a sentir muita dor em minhas juntas, perdi bastante peso, precisava me deitar a toda hora. Tomando sol era pior ainda, minha pele bem morena ficava vermelha Com o diagnóstico de Lúpus Eritematoso Sistêmico fiquei muito assustada, mas com muita vontade de sobreviver pelo meu esposo, pela minha filhinha então com cinco anos. Ele é tão companheiro, que até segue minha dieta alimentar de pura parceria. Ele é tecelão, muito experiente. Tive a sorte de achar o ponto de equilíbrio para a doença, geralmente passo bem hoje em dia. Mas já enfrentei três crises fortes, que me levaram a hospitalizações que duraram cada uma por volta de um mês. Continuei cultivando relações com a grande família, as amizades. Tenho desgaste ósseo da cabeça do fêmur, uso uma bengala canadense faz nove anos, espero prótese desde 2005. Este ano ainda vou entrar em contato com o hospital responsável para saber para quando será possível a tão esperada cirurgia. Sempre procuro atividades que me façam ser pessoa melhor – fiz vários cursos no SESI sobre alimentação, e agora me inscrevi em aulas de hidroginástica (atendendo ordem médica), e musculação adaptada, no Centro de Integração e Valorização do Idoso (CIVI). Vivenciei o prazer de estar na formatura universitária de minha filha, em Recursos Humanos Meu nome é Mari-ene, tenho quarenta e nove anos, sou aposentada. Você sempre verá um sorriso em meu rosto! “Com o tempo você vai percebendo que, para ser feliz, você precisa aprender a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.” Mario Quintana.
Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail : bfritzsons@gmail.com


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