sexta-feira, 1 de junho de 2012

Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla é uma das doenças mais comuns em adultos jovens que compromete o SNC (Sistema Nervoso Central) constituído por cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal. De causa ainda desconhecida, foi descrita, inicialmente, em 1868, pelo neurologista francês Jean Martin Charcot, que a denominou "Esclerose em Placas", descrevendo áreas circunscritas endurecidas que encontrou (em autópsia) disseminada pelo SNC de pacientes. É caracterizada também como doença desmielinizante, pois lesa a mielina, prejudicando a neurotransmissão. A mielina é um complexo de camadas lipoproteicas que envolvem e isolam as fibras nervosas (axônios), permitindo que os nervos transmitam seus impulsos rapidamente, ajudando na condução das mensagens que controlam todas as atividades conscientes e inconscientes do organismo.



Na Esclerose Múltipla, a perda de mielina (desmielinização) leva a interferência na transmissão dos impulsos e isto produz os diversos sintomas da doença. É importante atentarmos que a mielina esta presente em todo sistema nervoso central, por isto qualquer região do mesmo pode ser acometida e o tipo de sintoma esta diretamente relacionada.

Os axônios sofrem danos variáveis, em conseqüência do processo inflamatório, o que culmina com o decorrer do tempo com acúmulo de incapacitações neurológicas. Os pontos de inflamação, desmielinização, evoluem para resolução com formação de cicatriz. Esta não apresenta a mesma função do tecido original (é a placa, esclerose significa cicatriz), mas é a forma que o organismo lança mão para curar a inflamação, só que com isto perdemos função tecidual (“a cicatriz como testemunha”) que aparecem em diferentes momentos e zonas do sistema nervoso central.

Os pacientes podem se recuperar clinicamente total ou parcialmente dos ataques individuais de desmielinização, produzindo-se o curso clássico da doença, ou seja, surtos e remissões.

Os dados obtidos em pesquisas realizadas e atualmente disponíveis podem oferecer o diagnóstico clínico e laboratorial, mas ainda em alguns casos podem ser insuficientes para definir de imediato se a pessoa é ou não portadora de esclerose múltipla, uma vez que os sintomas se assemelham a outros tipos de doenças neurológicas. Nestes casos a confirmação diagnostica pode levar mais tempo.
Apesar de não existir a cura ate o momento para a Esclerose Múltipla, muito pode ser feito para ajudar as pessoas portadoras de Esclerose Múltipla a serem independentes e a terem uma vida confortável e produtiva.



Denomina-se ESCLEROSE e Denomina-se MÚLTIPLA:

•Áreas do cérebro cerebelo, tronco encefálico e da medula espinhal são afetadas pela inflamação e posterior aparecimento de cicatrizes (escleroses).

• Os sintomas podem ser leves, moderados ou intensos e surgem e de maneira imprevisível.





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