AVENTURA AMAZÔNICA – CONHECÍ
OS UAIMIRIS-ATROARÍS
Há trinta anos passados, meu filho, engenheiro, foi para a Amazônia, com a família, para trabalhar no Batalhão de Selva que construía a ligação entre Manaus e Boa Vista.
Sua terceira criança estava para nascer, e eu e sua sogra viajamos para prestar nosso apoio durante dois meses, para a esposa e para os outros dois filhos. Passamos os primeiros dias após o parto na casa de hospedagem do Exército, em Manaus, e depois voltamos para Abonarí, aonde havia sido construída sua casa de madeira, toda “telada”, perto do grande caramanchão que usávamos para nos reunir com as famílias de outros engenheiros e geólogos, mais o pessoal do quartel. Jogávamos baralho, a energia elétrica existia até as nove horas da noite – tornando sempre impossível saber o final do filme (vídeo-cassete) que tínhamos iniciado nesse dia. Eram tempos sem internet, sem telefone fixo ou celular. Único recurso era o rádio de comunicação do jipe, neste ano de 1984! Um ônibus fazia uma única viagem por dia para Presidente Figueiredo. As compras chegavam de caminhão, uma vez por semana.
Sou Nilza, hoje com 82 anos e com muitas lembranças – cajueiros em abundância, muito araçá – uma goiaba pequena, e tanto coco que quase não se tomava água. Indígenas trocando nossas roupas por seus cestos de palha Onças e panteras como mascotes do batalhão “Guerra na Selva” A beleza do teatro de Manaus, obra de ingleses. Os netos pegando peixinhos nas águas cristalinas dos igarapés. A experiência de ver o barrento Rio Solimões correndo em paralelo às escuras águas o Rio Negro – realmente não se misturam, por quilômetros! Pude apoiar e aventurar!
“Segurança é praticamente uma superstição. Aventura ou nada.” – Hellen Keller.
Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com
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