QUALQUER
DIAGNÓSTICO É MELHOR DO QUE A INCERTEZA
Sou Lucas, tenho 28
anos. Escola sempre foi complicada para mim, é difícil aprender, meu ritmo é
lento, resolvia o que pudesse sozinho, sentia vergonha de pedir ajuda para a
professora. Consegui terminar todo o ensino secundário, repetindo somente uma
série.
É pena que o
diagnóstico tenha acontecido somente quando um médico, nos meus 16 anos
identificou minha dificuldade intelectual. De certa forma foi um alívio. Também
com 16 anos diagnosticaram catarata em meus olhos, resolvida com cirurgia que
implantou lentes.
Isto não me impediu
de trabalhar, apesar de não dar conta de tarefas em que preciso ser acelerado.
Fui assistente administrativo durante 3 anos e meio em uma empresa, precisando
abandonar o emprego porque havia muita poeira e sou muito alérgico. Mudei para
uma transportadora, era assistente de almoxarifado e a crise vigente acabou com
meu emprego em seis meses. Quero trabalhar, não consigo ficar parado e preciso
ajudar a pagar as contas de casa. Atualmente é minha mãe que nos dá o sustento,
ela cuida de contabilidade.
Procurando emprego
encontrei o curso de almoxarifado do SENAI, e estou gostando muito, há muita
informação. Antes já havia feito o Pacote Office, parte do Hardware e curso de
Assistente Administrativo.
Prefiro ficar em
casa, acesso site de textos com depoimentos pessoais, gosto de ficção. Já li “À
sombra da serpente” onze vezes, e são 350 páginas! Consigo rever um filme 15
vezes, demoro para enjoar, tenho muita paciência. Penso que paciência é coisa
que a gente tem que ter. Creio em Deus, com Deus se consegue muita coisa!
“Se fiz descobertas valiosas, foi mais por ter paciência do
que por qualquer outro talento. ” – Ludwig van Beethoven.
Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga,
e-mail:bfritzsons@gmail.com
MATÉRIA PUBLICADA HOJE EM : http://liberal.com.br/virtual/
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