terça-feira, 30 de agosto de 2016

Modalidades paraolímpicas, acesso abaixo

http://www.brasil2016.gov.br/pt-br/paraolimpiadas/modalidades

O envelhecimento se espalha pelo mundo

Escrito por  José Eustáquio Diniz Alves (*)
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o-envelhecimento-se-espalha-pelo-mundo-fotodestaqueUm país é considerado idoso quando o topo da pirâmide é maior do que a sua base, isto é, um país idoso é aquele que tem um IE igual ou superior a 100. O envelhecimento populacional é um fenômeno novo na história da humanidade. Em 1975, havia apenas um país com a quantidade de idosos (60 anos e mais) maior do que a quantidade de jovens com menos de 15 anos. Este número passou para 3 países em 1980 e chegou a 52 países em 2015.
O envelhecimento populacional ocorre quando a proporção de pessoas idosas aumenta muito em relação aos demais grupos etários da população. Nações envelhecidas é uma novidade na história. No passado, os países eram jovens, pois a esperança de vida era baixa e os casais tinham que gerar grande número de filhos para se contrapor aos óbitos precoces. 
Porém, a partir do momento em que as taxas de natalidade e mortalidade declinam, começa um processo de mudança da estrutura etária, com redução imediata da base da pirâmide e um alargamento, no longo prazo, do topo da pirâmide. O envelhecimento é o resultado esperado e inevitável da transição demográfica.
Uma forma de medir o envelhecimento populacional é por meio do Índice de Envelhecimento (IE), que mede a razão entre o número de pessoas idosas sobre os jovens (crianças e adolescentes). Trata-se de uma razão entre os componentes extremos da pirâmide etária. O IE pode ser medido pelo número de pessoas de 60 anos e mais para cada 100 pessoas menores de 15 anos de idade. 
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Um país é considerado idoso quando o topo da pirâmide é maior do que a sua base, isto é, um país idoso é aquele que tem um IE igual ou superior a 100. Como já dito, o envelhecimento populacional é um fenômeno novo na história da humanidade. Em 1975, havia apenas um país com a quantidade de idosos (60 anos e mais) maior do que a quantidade de jovens com menos de 15 anos. Este número passou para 3 países em 1980 e chegou a 52 países em 2015.
O primeiro país a atingir o Índice de Envelhecimento superior a 100 (mais idosos do que jovens) foi a Suécia em 1975. Em seguida, em 1980, entraram no clube dos idosos a Alemanha e as Ilhas do Canal. Em 1985 foram mais sete países: Reino Unido, Suíça, Noruega, Luxemburgo, Dinamarca, Bélgica e Áustria. Somando 10 países com IE igual ou superior a 100. Em 1990 mais 2 países ultrapassaram o IE de 100: Itália e Grécia. Em 1995, entraram no time dos idosos: Japão, Espanha, Portugal, Hungria, França, Croácia e Bulgária.
No ano 2000, outros oito países tiveram os idosos superando os jovens: Rússia, Eslovênia, Romênia, Letônia, Finlândia, Estônia, República Checa e Bielo Rússia. Cinco anos depois, em 2005, entraram mais oito países: Sérvia, Polônia, Holanda, Malta, Hong Kong, Canada, Bulgária e Bósnia Herzegovina. Em 2010, foram somente dois: Martinica e Geórgia.
Mas em 2015 o número de países idosos deu um salto de quinze países: Estados Unidos, Ilhas Virgens, Macedônia, Singapura, Moldova, Coreia do Sul, Porto Rico, Nova Zelândia, Montenegro, Chipre, Curaçao, Macau, Barbados, Aruba e Cuba. No total são 52 países com IE igual ou acima de 100, em 2015.
A China, o país mais populoso do mundo, vai ter o número de idosos (60 anos e +) acima do número de jovens com menos de 15 anos até 2020. O Brasil vai entrar para o time dos idosos até 2030.
Progressivamente, o número de países com IE acima de 100 vai se ampliar até atingir a totalidade dos países do mundo. A população mundial vai ter mais idosos (60 anos e mais) do que jovens (menos de 15 anos) em 2050. 
O envelhecimento é inevitável. Mais cedo ou mais tarde, todos os países terão mais idosos do que jovens. A diferença é apenas de ritmo. O mundo não tem outra coisa a fazer a não ser se preparar para esta nova realidade. Como disse Confúcio (551 a.C. – 479 a.C): “Você não pode mudar o vento, mas pode ajustar as velas do barco para chegar onde quer”. 
(*)José Eustáquio Diniz Alves - Doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas - ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. Colaborador do Portal do Envelhecimento. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

Fonte :http://www.portaldoenvelhecimento.com/longevidade/item/4150-o-envelhecimento-se-espalha-pelo-mundo 

O longo artigo abaixo mostra quanto precisamos crescer em vigilância cidadã

http://ihu.unisinos.br/559111-o-congresso-no-bolso-da-industria-farmaceutica

O consumidor com deficiência

by Ricardo Shimosakai
Muitos consumidores com deficiência só fazem compras em estabelecimentos acessíveis, mesmo que o concorrente tenha ofertas melhoresMuitos consumidores com deficiência só fazem compras em estabelecimentos acessíveis, mesmo que o concorrente tenha ofertas melhores
Pare e pense em seus clientes… Agora, pense em quantos clientes a mais você poderia atrair para consumir seus produtos ou serviços.
Se dissermos para você que existe uma fatia de mercado que não está sendo atendida justamente por não pensarem neles e que esses desejam consumir seus produtos e serviços, o que você nos diria?
Muitos estabelecimentos deixam de vender mais por não atender clientes em potencial, que podem e fidelizam mais rápido do que os demais clientes já atendidos apenas pelo fato de não oportunizarem o acesso necessário para o consumo de seus produtos e serviços.
Embora exista um investimento inicial para tornar seu estabelecimento acessível para o consumidor com deficiência, desde uma rampa de acesso, um banheiro acessível, um piso podotatil, a capacitação de seus vendedores em língua de sinais, um ajuste no layout como corredores mais largos entre as gondolas e araras, um cardápio em braile entre outros, investir em acessibilidade é investir no atendimento a um mercado negligenciado por muitos concorrentes, inclusive até por você!
Imagine uma família composta por uma mãe usuária de cadeira de rodas, seu marido e filhos. Todos decidem ir às compras! A mãe deseja renovar seu guarda roupa, mas tem dificuldade de encontrar estabelecimentos acessíveis. Quando encontra acesso para entrar, descobre que o departamento feminino está localizado no piso térreo ou superior, mas não há acesso adequado para ela. Quando há um elevador, encontra dificuldade para transitar entre os corredores e acessar o produto nas araras ou prateleiras. Caminhando mais um pouco em sua verdadeira odisséia para conseguir consumir as peças desejas para seu guarda roupa novo, se depara com provadores inacessíveis. Decepcionada, deixa de comprar e todos de sua família, incomodados também com a situação vivenciada pela mãe resolvem sair do estabelecimento para quem sabe consumirem em outro local que a atenda, eu diria, “os atenda”. No final das contas, quantas vendas foram perdidas pelo seu estabelecimento?
Pesquisam apontam que a cada uma pessoa com deficiência não atendida em estabelecimentos comerciais, de turismo ou lazer são na verdade perdidos em média 3 clientes em potencial. Vejam!!
Muitos são as dificuldades encontradas pelos consumidores com deficiência nos ambientes comerciais para terem acesso a produtos e serviços como as barreiras atitudinais, comunicacionais e arquitetônicas.
Apesar da legislação brasileira garantir a acessibilidade na oferta de produtos e serviços para pessoas com deficiência, percebemos que existe uma invisibilidade enfrentada pelo consumidor com deficiência cada vez mais ativo e com potencial de consumo crescente.
Antigamente, as pessoas com deficiência não tinham um potencial de consumo por não terem trabalho, leis e fiscalização que viabilizassem o acesso e a garantia de seus direitos.
Hoje o cenário mudou bastante com a Lei de cotas e a entrada dessas pessoas no mercado de trabalho. O avanço da tecnológico, da saúde e das políticas públicas voltadas para às pessoas com deficiência favoreceram o acesso, a participação e a permanência dessas pessoas nos mais variados locais da sociedade.
É preciso enxergar a pessoa com deficiência como um cliente em potencial. Não dá mais para a sociedade dizer a eles qual seria “esse lugar” que lhe pertence, nem tão pouco negligenciar seu poder de consumo e de participação na sociedade.
Cultuar a ideia de que a pessoa com deficiência ainda é aquela que recebe ajuda, merecedora da caridade alheia e sem muitas perspectivas educacionais, profissionais e de consumo é fomentar um mito e um retrocesso. Além disso, estamos deixando de enxergar oportunidades valiosas na relação consumidor-fornecedor e criando empecilhos para o exercício da cidadania e na garantia dos direitos a eles reservados.
Investir em um estabelecimento acessível trás benefícios a todos! Uma rampa e corredores mais largos são mais confortáveis e seguros para crianças, idosos, gestantes e pessoas com mobilidade reduzida. Um produto audiodescrito poderá atender não somente às pessoas cegas, mas também aos deficientes intelectuais, disléxicos, analfabetos e idosos. Uma equipe capacitada para saber como atender bem o consumidor com qualquer tipo de deficiência é considerado hoje, juntamente com as demais possibilidade de acesso, uma estratégia de mercado para um retorno que virá triplicado, pois o consumidor com deficiência deseja ir com sua família ou companheiro (a) a locais que saibam atendê-lo e o valorizam seu poder de consumo tanto quanto o de qualquer outro consumidor.
O empresário precisa ter uma visão que vá além do simples ritual de atender uma legislação e evitar uma multa. Priorizar o consumidor, apostando em soluções que não são de alto custo, analisando o custo-beneficio desse investimento incial trata-se de enxergar um mercado e possíveis negócios onde muitos concorrentes enxergam problemas, custos e assistencialismo.
Pense nisso!
Fonte: maxximiza

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Voleibol Sentado. Paralimpíadas Rio 2016.

by Ricardo Shimosakai
O voleibol sentado, disputado por atletas com dificuldades locomotoras, está nos Jogos Paralímpicos desde Arnhem 1980.O voleibol sentado, disputado por atletas com dificuldades locomotoras, está nos Jogos Paralímpicos desde Arnhem 1980.
COMO TUDO COMEÇOU
O voleibol sentado surgiu na Holanda nos anos 1950, combinando o voleibol Olímpico com um esporte alemão chamado “sitzball”. No entanto, sua popularidade só passou a crescer nos anos 1960. Competições internacionais começaram a ser organizadas a partir de 1967, e em 1978 o voleibol sentado foi aceito na Organização Esportiva Internacional para Deficientes (ISOD, na sigla em inglês).
O esporte entrou no programa Paralímpico nos Jogos de Arnhem 1980 e permanece na agenda dos Jogos Paralímpicos desde então. Até Sidney 2000, as competições eram divididas em duas categorias: sentado e em pé. A partir de Atenas 2004, as disputas ficam restritas ao voleibol sentado.
SOBRE A COMPETIÇÃO
Assim como no voleibol Olímpico, a partida é decidida em melhor de cinco sets. Vence a parcial quem fizer 25 pontos primeiro, e o tie-break vai até 15 pontos. O esporte possui duas grandes diferenças em relação ao voleibol Olímpico: o contato com o chão deve se dar por meio do glúteo em cada ação do atleta, e é permitido o bloqueio do saque adversário. É comum também vermos as pernas dos adversários se chocando durante a partida. Desde que não atrapalhe o oponente, o toque está liberado.
A quadra tem 60m2 (10m de comprimento e 6m de largura), e a rede está posicionada a 1,15m do chão no vôlei masculino. Já na competição feminina, a altura é um pouco menor: 1,05m.
VOCÊ SABIA?
Apesar de já ter conquistado nove medalhas no voleibol Olímpico, sendo quatro de ouro, o Brasil nunca subiu ao pódio no voleibol sentado. A maior potência no esporte é o Irã. A equipe masculina iraniana soma cinco medalhas de ouro e participou das últimas sete finais.
Para ter informações mais completas a respeito desta modalidade e qual a melhor maneira de assisti-la nos Jogos Paralímpicos, baixe o guia a seguir clicando no link Rio 2016. Guia do espectador - Voleibol Sentado
Fonte: Rio 2016

domingo, 28 de agosto de 2016

CARTA AOS FILHOS DE PAIS VELHOS
Por Rubem Alves 
Tenho relações muito boas com os meus filhos. Somos amigos. Não me intrometo na vida deles e eles não se intrometem na minha. Conversamos sobre os problemas comuns, mas ninguém se atreve a dar conselhos. Porque ninguém gosta de ouvir conselhos. Quem dá conselhos está silenciosamente dizendo:“Sei mais sobre a sua vida que você. Se eu fosse você eu etc., etc...”
Mas o fato é que os filhos, freqüentemente, acham que os velhos perderam o juízo e que fariam melhor se obedecessem aos seus sábios e desinteressados conselhos. “Papai, é para o seu bem...”  Os filhos sabem o que é bom para os seus pais.
Pois o que digo aos filhos, não como conselho, mas como grito, é o seguinte: “Parem de ser chatos. Deixem seus pais em paz. Estão no fim da vida. Eles têm o direito de fazer o que desejam, ainda que seja errado. Um desejo errado é melhor que um não-desejo certo”
Ah! Como os seus pais os amariam se vocês os ouvissem com respeito. Porque é isso que mais se deseja. Quando se ouve com respeito acontece a amizade. E não existe nada de mais precioso que vocês possam dar ao seus pais que a amizade. Quando os filhos se põem a dar conselhos sábios aos seus pais o que se produz é um abismo entre ambos.
Chata é uma pessoa que está convencida da verdade das suas opiniões e se põe a atormentar os outros com as ditas opiniões. Por isso não lhe passa pela cabeça que seria interessante ouvir o que o outro tem a dizer. Na verdade ele não imagina que o outro tenha  alguma coisa para dizer que valha a pena ser ouvida. Uma vez, numa festinha, fui capturado por um chato. Ele falava sem parar a dois palmos do meu nariz, cuspindo, e me cutucando a barriga para que eu prestasse atenção. Eu fui me afastando para evitar os cutucões e os perdigotos até que me vi contra a parede sem ter para onde fugir. De repente me veio uma idéia que me produziu pânico: “A festa vai acabar e eu ficarei livre dele. Mas a mulher dele vai dormir na mesma cama que ele...” O pânico que tive foi por causa dela. Hoje de manhã me dei conta de que os chatos podem ser os filhos. Nesse caso, ao invés de um, são muitos: nuvens de pernilongos a cantar o mesmo canto e a nos ferroar, impedindo o sono.
Os gerontologistas se preocupam com a saúde física e mental dos velhos. Pois me veio à cabeça que aos seus programas de re-educação dos velhos deveria acrescentar-se um programa de re-educação dos filhos dos velhos. À longa lista de doenças que afligem os velhos, reumatismo, surdez, osteoporose, catarata, dor no corpo, barbela de nelore ( nelore é uma raça bovina que se caracteriza por longas papadas pendentes balouçantes ), urina presa, dentadura ( pois dentadura não é uma doença?), deveria ser acrescentada mais uma doença de cura difícil: os filhos chatos que querem mandar nos seus pais.
Sugiro que os velhos leiam o livro da Simone de Beauvoir  A Velhice. É um murro na cara. Filhos de pais velhos: divirtam-se no próximo fim de semana! Vejam o filme “A Balada de Naraiama”. É uma tendência que se encontra em muitas culturas: chegada uma idade  aquilo que os filhos mais desejam é a morte dos pais. Porque os pais velhos deixaram de ser uma presença alegre. E útil. Principalmente útil. Passam a ser uma presença incomoda. O poema da pedra, do Drummond, serve para uma infinidade de situações. Uma delas é a seguinte: “Tinha um velho no meio do caminho, no meio do caminho tinha um velho...”  O que me faz lembrar aquela piadinha... O neto, dirigindo-se ao vovozinho querido: “ Vovô, quando é que você vai virar sapateiro?” Responde o vovô espantado: “Virar sapateiro? Por que?”  Explica o netinho: “É que eu ouvi o papai conversando com a mamãe e ele disse que quando você bater as botas nós vamos fazer uma viagem à Disneilândia...”  O filme “A Balada de Naraiama” tem como cenário altas montanhas nevadas.  Se fosse filmado num cenário moderno ao invés das montanhas teríamos as instituições onde os velhos são colocados à espera da morte.
Há uma estética da velhice. Quem desenha a estética da velhice são os jovens. Ah! Que linda é a vovó que fica com os netos para que os filhos possam viajar ou ir ao cinema! Vovó que faz bolinho de chuva, que faz manta de tricô para os netos, vovô que conta estórias para os netinhos dormir... Há o dia das mães. Há o dia dos pais. Seria justo que houvesse um dia dedicado aos avós! Que presente dar à vovozinha? Um par de chinelos! Que presente dar ao vovozinho? Um gorro de lã para proteger as orelhas do frio!
Mas a beleza dos velhos acaba quando eles se recusam a ser úteis aos desejos dos filhos. Principalmente quando eles começam a ter idéias amorosas. Velho que ama é velho tarado. Faz muito escrevi uma crônica sobre dois velhinhos que haviam sido namorados quando adolescentes, separaram-se, nunca mais se viram, re-encontraram-se muitos anos depois, ele com 79 anos, ela com 76. Apaixonaram-se, resolveram casar-se. Os filhos protestaram. Velho deve se preparar para morrer e não se meter em ridículas aventuras amorosas! Já pensaram em noite de núpcias de velho? É de rachar de dar risada!  Ele morreu aos 81. Ela me telefonou, interurbano, e depois de uma conversa de 40 minutos, me confessou: “Pois é professor, nessa idade a gente não mexe muito com as coisas do sexo. Nós vivíamos de ternura!”  
O que mais assusta os filhos quando os velhos se metem a arranjar namoradas é o destino da herança. Lembro-me de um respeitável senhor, professor, que viveu uma longa vida conjugal. ( “Conjugal”, do Latim, “con” + “jugus”, canga: aqueles que andam ligados por uma mesma canga). Ficou viúvo. A ausência da canga o tornou eufórico. Começou a arranjar namoradas. Os filhos ficaram muito bravos. Acharam que o velho estava fazendo papel ridículo. E o pior: gastando seu dinheiro com mulher a toa. Convocaram uma reunião de família para re-colocar o velho nos trilhos da elegância socialmente aceita. Assentados à volta a mesa os filhos despejaram suas reprimendas contra o velho que tudo ouviu mansamente, sem uma única queixa. Terminada a rodada, dada a palavra ao velho, ele disse só uma frase: “Tenho minhas necessidades afetivas...” E com esse argumento final, que não comporta contestação, levantou-se e deixou os filhos falando sozinhos...
Essas idéias me vieram à cabeça porque hoje pela manhã recebi um telefonema de uma pessoa muito querida, velho, com uma queixa dolorida: a sua solidão, ele já não mais é ouvido, não é respeitado, são os filhos que sabem a sua verdade e querem obrigá-lo a fazer o que ele não quer fazer e a não fazer o que ele quer fazer. E não pensem que são coisas absurdas o que ele quer fazer. São coisas que eu mesmo quereria fazer, se estivesse no lugar dele. Pequenos vôos de generosidade...
Diante disto só me resta um grito de guerra: “VELHOS DE TODO O MUNDO! UNI-VOS!”

FONTE : http://www.portaldoenvelhecimento.org.br/acervo/cronicas/cronicas11.htm













LINDO !

Nova exposição no Museu do Amanhã mostra paratletas brasileiros superando desafios com a tecnologia

by Ricardo Shimosakai
Acervo de fotos traz à tona a capacidade do cérebro de incorporar artefatos ao corpo humano, estimulando a inclusão de pessoas com deficiência no esporteAcervo de fotos traz à tona a capacidade do cérebro de incorporar artefatos ao corpo humano, estimulando a inclusão de pessoas com deficiência no esporte
Como o cérebro humano é capaz de sentir um braço, mesmo se este tiver sido retirado? Os neurônios podem incorporar uma cadeira de rodas como se fosse parte do corpo? A um mês do início dos Jogos Paralímpicos, o Museu do Amanhã apresenta a nova exposição “Esporte e Cérebro – A Expansão do Corpo pela Tecnologia”, que tem como objetivos refletir sobre a capacidade do cérebro em incorporar tecnologia ao corpo humano e ampliar o debate sobre inclusão no Brasil, que possui 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, segundo o Censo 2010.
O público poderá conferir diversas fotografias de paratletas brasileiros superando desafios com a tecnologia em competições de diferentes modalidades, como rúgbi, basquete em cadeira de rodas, atletismo e bocha adaptada. “Queremos mostrar que, mesmo pessoas com algum tipo de deficiência aos olhos da sociedade, do ponto de vista cerebral, são completamente iguais ou até melhores a nós. Elas incorporam tecnologias que expandem a capacidade delas de locomoção, reconhecimento do espaço e aprendizado”, afirma Leonardo Menezes, gerente de Exposições e Observatório do Amanhã, time responsável pela criação da mostra.
A exposição “Esporte e Cérebro – A Expansão do Corpo pela Tecnologia” tem o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro e da agência MPIX. O conteúdo científico teve a consultoria da neurocientista Cláudia Domingues Vargas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A mostra estará disponível aos visitantes do Museu do Amanhã, na Galeria do Tempo, até o dia 02 de outubro. Os interessados devem comprar o ingresso via internet.
Serviço:
Exposição de fotos “Esporte e Cérebro – A Expansão do Corpo pela Tecnologia”
Local: Galeria do Tempo | Museu do Amanhã
Data: 02 de agosto a 02 de outubro 
Horário: 10h às 18h
Valor: ingresso do Museu do Amanhã
Mais informações: http://museudoamanha.org.br/pt-br/esporte-e-cerebro
Fonte: Sopa Cultural

LEGAL !

Futebol de 5. Paralimpíadas Rio 2016.

by Ricardo Shimosakai
O melhor jogador do mundo atualmente, eleito no último mundial (no Japão, em 2014, onde o Brasil se sagrou tetracampeão), é o brasileiro RicardinhoO melhor jogador do mundo atualmente, eleito no último mundial (no Japão, em 2014, onde o Brasil se sagrou tetracampeão), é o brasileiro Ricardinho
COMO TUDO COMEÇOU
A adaptação do futebol convencional para deficientes visuais teve início no Brasil nos anos 1960. Num jogo chamado gol a gol, estudantes com deficiência visual chutavam uma garrafa de plástico com pequenas pedras dentro. A garrafa foi substituída por uma bola de plástico envolta numa sacola plástica até que, nos anos 80, foi criada em território brasileiro a bola atual, com guizos internos. A estreia do esporte nos Jogos Paralímpicos foi em Atenas 2004, com seis times, e em Londres 2012 o torneio foi ampliado, com a inclusão de mais duas equipes.
SOBRE A COMPETIÇÃO
A orientação verbal é permitida, mas apenas por três pessoas: os chamadores, os goleiros – únicos jogadores no time com visão total – e os treinadores. O chamador se posiciona atrás do gol adversário, indicando as jogadas e a direção do gol. Em lances de bola parada, ele bate nas traves com um objeto metálico para situar a direção da baliza. O goleiro orienta a defesa na marcação, enquanto o técnico fica na parte central da quadra. É importante respeitar os terços do campo correspondentes para orientação, e o limite sonoro é supervisionado pelos árbitros.
A localização da bola durante o jogo orienta os jogadores: se ela estiver no ataque, quem orienta é o chamador, e assim por diante. A partida tem dois tempos de 25 minutos. Apesar de os jogadores serem considerados cegos (com até 5% de visão no melhor olho), alguns percebem vultos. Por isso, todos os atletas devem usar vendas, que não podem ser tocadas pelo adversário. Caso isso aconteça, o árbitro para o jogo e refaz o tampão e a venda. Cinco infrações resultam na expulsão do atleta, que é substituído. Não há linhas laterais, e sim muretas de 1,20m de altura.
VOCÊ SABIA?
Atual tricampeão (Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012) no esporte, o Brasil venceu a República da Coreia na primeira partida do futebol de 5 da história dos Jogos Paralímpicos, em Atenas 2004
ENQUANTO VOCÊ ASSISTE
Mantenha silêncio absoluto ⎯ só assim os atletas poderão ouvir as instruções de técnicos, goleiros e chamadores e, principalmente, os guizos da bola. As exceções são o intervalo e o momento do gol, claro!
Para ter informações mais completas a respeito desta modalidade e qual a melhor maneira de assisti-la nos Jogos Paralímpicos, baixe o guia a seguir clicando no link Rio 2016. Rio 2016. Guia do espectador - Futebol de 5
Fonte: Rio 2016
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O pedestre no centro do debate sobre a mobilidade urbana
Oferecemos arquivo de textos específicos, de documentos, leis, informativos, notícias, cursos de nossa região (Americana), além de publicarmos entrevistas feitas para sensibilizar e divulgar suas ações eficientes em sua realidade. Também disponibilizamos os textos pesquisados para informar/prevenir sobre crescente qualidade de vida. Buscamos evidenciar assim pessoas que podem ser eficientes, mesmo que diferentes ou com algum tipo de mobilidade reduzida e/ou deficiência, procurando informar cada vez mais todos para incluírem todos.