“Não preciso olhar para trás,
basta olhar para o lado”
Vim para este mundo um pouco antes que inventassem a vacina contra a poliomielite.
Administravam antitérmicos e providenciavam meios de locomoção para nossas
pernas. Meus pais cuidaram bem da educação, lutando por minha autonomia
futura.- fiz desenho técnico, contabilidade, e depois de 33 anos como funcionário
administrativo, o curso de Direito. Sempre trabalhei prestando serviços na área
tributária, fora do meu horário de expediente, procurando assim melhor renda
para cuidar da família. Conto com o apoio de minha querida esposa (você pode
ter um casamento bom, mas nunca será melhor que o meu!) e dois filhos adultos e
muito parceiros. Ajuda importante, pois surgiram problemas de pressão alta e
diabetes que me levaram à condição de crônico renal, precisando fazer
hemodiálise três vezes por semana. Somos cerca de duzentas pessoas na cidade
nesta condição, com o único amparo da dispensa do pagamento do imposto de
renda. É pouca ajuda para tanto limite, esta condição prejudica muito a área do
trabalho. Resolvi ser cidadão ativo – hoje sou membro do Conselho de Saúde
Municipal, Presidente da Associação dos Renais Crônicos de Americana – ARCA, e
da Comissão Permanente de Acessibilidade – CPA são quase vinte horas semanais
em serviço voluntário. Quem ajudou muito a moldar este meu lado de guerreiro
foi um querido professor de Educação Física, Julio Abadi, que não admitiu que
seu aluno Siderlei não participasse de suas aulas – fez ainda mais,
providenciando pesos feitos com sacos e areia para fortalecer braços e pernas,
acréscimo de força e de agilidade. E o respeito dos colegas nas suas aulas e
nas demais. Ele me fez ser um bom goleiro. “Uma pedra intransponível para o
pessimista é uma pedra de apoio para o otimista.” – Eleanor Roosevelt.
Caso real, Elizabeth Fritzsons da
Silva, psicóloga, e-mail : bfritzsons@gmail.com
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