fO sedentarismo está relacionado a uma série de doenças cardiovasculares e à perda de capital humano, ou seja, os atributos físicos, sociais, intelectuais e sociais do indivíduo. Mas não é só isso. A inatividade mata duas vezes mais que a obesidade, descobriu nova pesquisa da Universidade de Cambridge. Ou seja, não basta estar dentro do peso desejado, há que se exercitar.
A pesquisa analisou, durante 12 anos, os perfis de 334.161 homens e mulheres, considerando fatores como peso, altura, circunferência abdominal e frequência de atividade física. No período, 21.438 pessoas faleceram. Descobriu-se que os riscos de morte prematura eram menores nas pessoas chamadas “moderadamente inativas”, ou seja, aquelas que combinavam atividades recreativas leves com períodos de sedentarismo, enquanto que nas completamente sedentárias os riscos eram maiores.
Outra parte do estudo consistiu na pesquisa dos dados mais recentes sobre a totalidade de mortes na Europa. Das 9,2 milhões de pessoas falecidas recentemente, 337 mil tiveram causas relacionadas à obesidade. Mas ao analisar óbitos relacionados ao sedentarismo, o número dobrou para 676 mil.
A importante conclusão a que os pesquisadores chegaram é que praticar o equivalente a apenas 20 minutos de caminhada reduz de 16% a 33% das chances de morte prematura em um indivíduo.
Qual o papel do transporte coletivo?
Não tenho tempo, costumam alegar. A caminhada não necessariamente precisa ser encarada como atividade física. Mas também é uma forma de deslocamento. “Impactos Sociais, Ambientais e Econômicos do BRT” é um estudo da rede EMBARQ que descobriu que os usuários de transporte coletivo fazem mais atividades físicas do que os de andam de carro. Exemplo são os passageiros do Metrobús, sistema BRT (Bus Rapid Transit) da Cidade do México, que caminham uma média de 2,75 minutos a mais por dia do que costumavam fazer antes de a cidade implantar o sistema. Em Pequim, os usuários do BRT ganharam 8,5 minutos de caminhada diária desde o início da operação do sistema.
E quanto ao ambiente urbano?
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Um bairro ou uma região podem dizer muito sobre as pessoas que nele vivem ou trabalham. Pois a maneira como as ruas foram projetadas pode influenciar a conduta das pessoas e proporcionar um estilo de vida mais saudável.
Um exemplo é o Active Design, conceito criado em Nova York com foco no desenho urbano que priorize a acessibilidade de pedestres, ciclistas e do transporte sustentável e desestimule o uso do automóvel particular. Calçadas largas, com acesso ao comércio no primeiro piso de prédios, bicicletários, ciclovias, pontos de transporte coletivo são alguns dos elementos que compõem a metodologia.
O Desenvolvimento Urbano Orientado ao Transporte é outra boa prática de planejamento e desenho urbano voltado ao transporte público, à expansão urbana no modelo “3C” – conectada, compacta e coordenada – o uso do solo misto, serviços e espaços públicos seguros e atrativos e que favoreçam a interação social. Saiba mais lendo a publicação DOTs Cidades – Manual de Desenvolvimento Urbano Orientado ao Transporte Sustentável, desenvolvido pela EMBARQ Brasil (produtora deste blog).
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