O INTENSO NO MÍNIMO!
Levei trinta anos para aprender que
cada um dá o que tem. Você pode escolher aceitar isto, ou não. Às vezes as
pessoas não têm condições de fazer o que você espera delas, ou não acham
isso tão importante assim.
Exemplifico: quando consigo reunir a
família, gosto muito de cozinhar para eles, forma concreta de expressar
carinho. Adoram minha comida, mas não de me ajudar a organizar a cozinha
depois. Tentei mil saídas, até que enxerguei minha realidade, ao invés de
querer meu sonho. Parei de sofrer e passei a saborear melhor estes momentos.
Devo esta aprendizagem em parte ao
meu trabalho – faz trinta anos que vivo de dar aulas particulares – de
Matemática, de Português, Ciências, Geografia, Ensino Religioso. Ajudo pais que
não podem, por vários motivos, estudar com seus filhos. Trabalho com limites
emocionais, ou de formação escolar, ou até mesmo com deficiências que precisam
ser equacionados frente às exigências da escola, e da vida. Tenho alunos com
dificuldade de enxergar, de entender e de contatar emocionalmente. Gosto muito
do que faço, tenho ex-aluno de Matemática que hoje é engenheiro!
Minha necessidade de alimento
espiritual me fez participante da igreja católica – o último trabalho aceito
pelo meu esposo e por mim envolve a Equipe de Casais de Nossa Senhora, assumido
até 2015. São dez equipes, com aproximadamente sessenta casais. Temos que
ensinar a convivência mais harmoniosa, encontrando novas soluções para antigos
problemas de relacionamento.
Todas estas vivências me fizeram mãe
buscando cada vez ser melhor, para dois filhos já adultos e muito presentes.
Meu nome é Sandra, tenho cinqüenta e cinco anos.
“Feliz aquele que transfere o que sabe, e aprende o que ensina.” – Cora
Coralina.
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