Diretores e representantes dos Setores do Comitê Organizador Local (COL) se reuniram nesta quarta-feira, 20, com representantes das áreas de Deficiência para ampliar as medidas de acessibilidade durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Em pauta estava os meios de comunicação oficiais, o acesso aos Atos Centrais, hospedagem e transporte.
De acordo com a diretora do Setor Hospedagem, Irmã Graça Maria, a pessoa com deficiência precisa deixar claro que deseja uma hospedagem diferenciada. Esta hospedagem é oferecida para o cadeirante e seu acompanhante e, nestes casos, a JMJ oferece transporte diferenciado para o peregrino participar dos Atos Centrais. Ainda segundo ela, a organização do evento entende que os grupos daqueles que não optam por essa opção vão prover o que é necessidade do cadeirante durante o evento.
A reunião tratou das diferentes realidades de cada deficiência. Todas as pessoas com deficiência serão tratados como peregrinos e serão alocados conforme o idioma do país de origem. No caso dos surdos, não haverá catequese diferenciada, já que é comum eles viajarem com intérpretes para fazer a tradução do que for dito. Os participantes da reunião entenderam que esta é a melhor medida para evitar a exclusão.
Durante todo o evento haverá voluntários que passarão por um treinamento para lidar com as questões específicas das pessoas com deficiência No entanto, o diretor do Setor Voluntário, padre Ramon Nascimento, ressaltou que os voluntários não serão acompanhantes, mas auxiliarão pontualmente nas necessidades específicas. Em abril, mais de 200 voluntários passarão por um treinamento para trabalhar diretamente com eles.
César Bacchim, secretário nacional da Pastoral dos Surdos, avaliou que a preocupação do COL é sinal do amor e do zelo da Igreja com todos. “É importante a preocupação e o zelo e, sobretudo, é algo prático. Não é só você dizer que ama o cego, ama o surdo. Você ama o surdo concretamente colocando, por exemplo, um intérprete perto dele. E a Igreja está de parabéns porque está preocupada e tem que estar mesmo preocupando-se para que as pessoas possam participar de forma ativa, digna e respeitosa. Então acho que está de parabéns o COL, uma vez que está aberto a isso”, avaliou.
Daniele Menezes é deficiente visual. Ela foi peregrina na JMJ de Madri e nesta edição se inscreveu como voluntária. “Acho importante a questão de incluir as pessoas com deficiência na JMJ aqui no Rio, assim como em Madri. Lá eu tive a alegria de participar. Não fui com um grupo específico de pessoas com deficiência visual. Fui com um grupo de amigos, mas vivenciei a JMJ como qualquer um, inclusa não só pelo grupo, mas pela JMJ em si. E tudo o que está sendo feito aqui é realizado com todo cuidado e carinho para que todos possam vivenciar a JMJ com toda sua amplitude. Afinal a Igreja é una e a unidade tem que prevalecer”, disse.
Fonte: Canção Nova Notícias
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