sexta-feira, 16 de setembro de 2016

 SEMPRE ACHEI MINHA DEFICIÊNCIA ALGO “NORMAL”
    Desde criança, nunca encarei minha condição como trava, minha família sempre me apoiou e deu força. De verdade aqui em casa ninguém me vê como pessoa com deficiência.
   Eu toco bateria, gosto de rock pesado, o grupo de rock de que mais gosto é Black Stone Cherry, a música favorita é “Things my father said”. Dirijo automóvel, ando de skate, curto um vídeo game. Quando o carro precisa de reparos, tento consertar, gosto de saber como as coisas funcionam.
   Já namorei bastante, o namoro atual tem um mês. Ela tem escoliose e eu tenho um braço que funciona de menos, sente de menos, e uma perna 2 centímetros menor que a outra, que trava um pouco quando ando e tem alguns movimentos involuntários. Fazemos piadas com nossos amigos a respeito, fazer piada de si mesmo é um ótimo antídoto para qualquer preconceito. Desarma a pessoa deficiente de sensibilidade.
   Sou Alexandre, tenho 21 anos, filho único, que por sorte tem muitos primos tão parceiros que são considerados como irmãos.
   Tive encefalite com 1 ano de idade. A sequela que a doença deixou foi uma hemiparesia do lado esquerdo de meu corpo. Já fiz muita fisioterapia na vida.
   Estou fazendo Comunicação Social na UNISAL. Gosto muito de todas as matérias – Artes Plásticas, Publicidade, Produção, Gravação -  e sonho conseguir colocação na área na empresa que está patrocinando o curso para pessoas com deficiência que faço no SENAI. Sei que se me derem oportunidade vou saber contribuir, tenho certeza.
  Soube do curso através de amigo de meu pai que trabalha na escola e nos avisou.  Mas se esta colocação não der certo, vou continuar lutando pelo meu sonho.  Sou “de boa”, vou em frente!


A juventude é a embriaguez sem vinho. - Johann Goethe
Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com



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