SEMPRE ACHEI MINHA DEFICIÊNCIA ALGO “NORMAL”
Desde criança, nunca encarei minha condição
como trava, minha família sempre me apoiou e deu força. De verdade aqui em casa
ninguém me vê como pessoa com deficiência.
Eu toco bateria,
gosto de rock pesado, o grupo de rock de que mais gosto é Black Stone Cherry, a
música favorita é “Things my father said”. Dirijo automóvel, ando de skate,
curto um vídeo game. Quando o carro precisa de reparos, tento consertar, gosto
de saber como as coisas funcionam.
Já namorei bastante,
o namoro atual tem um mês. Ela tem escoliose e eu tenho um braço que funciona
de menos, sente de menos, e uma perna 2 centímetros menor que a outra, que
trava um pouco quando ando e tem alguns movimentos involuntários. Fazemos piadas
com nossos amigos a respeito, fazer piada de si mesmo é um ótimo antídoto para
qualquer preconceito. Desarma a pessoa deficiente de sensibilidade.
Sou Alexandre, tenho
21 anos, filho único, que por sorte tem muitos primos tão parceiros que são
considerados como irmãos.
Tive encefalite com
1 ano de idade. A sequela que a doença deixou foi uma hemiparesia do lado
esquerdo de meu corpo. Já fiz muita fisioterapia na vida.
Estou fazendo
Comunicação Social na UNISAL. Gosto muito de todas as matérias – Artes
Plásticas, Publicidade, Produção, Gravação - e sonho conseguir colocação na área na empresa
que está patrocinando o curso para pessoas com deficiência que faço no SENAI.
Sei que se me derem oportunidade vou saber contribuir, tenho certeza.
Soube do curso através de amigo de meu pai que
trabalha na escola e nos avisou. Mas se
esta colocação não der certo, vou continuar lutando pelo meu sonho. Sou “de boa”, vou em frente!
A juventude é a
embriaguez sem vinho. - Johann Goethe
Caso real,
Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com
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