Círculo da Vida
Sou professor de
Educação Física em constante evolução, apaixonado pela capacidade do ser humano
se emocionar. No trabalho, em cada turma, considero indispensável colocar
juntos o movimento físico e o mental, abrangendo assim as emoções, buscando
vida mais plena. Há dez anos, ministrando Curso de Qualidade de Vida conheci a
“Dança Circular” na própria Instituição do grupo de alunos. Foi paixão ao
primeiro contato, vários cursos, até atingir nível profissional. A raiz das
danças circulares está em formas que a humanidade encontrou para celebrar
nascimentos, casamentos, plantios, colheitas, primaveras, chuvas, morte. Numa
moderna releitura trabalha com grupos da comunidade, escolas e empresas (tenho
grupo semanal no Centro de Integração e Valorização do Idoso-CIVI, com cerca de
90 pessoas). As pessoas são orientadas a unir as mãos e seguir a coreografia
simples, comandada pelo professor. Estas mãos dadas criam uma soma de energia
que flui para uma comunhão amorosa, sem uso de palavras, envolvendo a todos, em
qualquer idade, com qualquer número de participantes que possa compor um círculo.
Podemos explorar danças antigas, consideradas sagradas e danças contemporâneas,
e também meditativas e ligadas à Natureza. Com o idoso, em especial, fico encantado
ao perceber como volta a ser criança durante a atividade, e a alegria que sente.
Fico comovido também pela solidariedade que demonstra com os companheiros que
tenham mais dificuldade de se movimentar, ou de acompanhar as regras da
atividade. E finalmente, adoro perceber que todos eles ainda têm sempre sonhos
pessoais, com qualquer idade. “Mais vale sonharmos a nossa vida do que vivê-la,
embora vivê-la seja também sonhar.” – Marcel Proust.
Caso real, Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail:
bfritzsons@gmail.com
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