Fátima, hoje uma
cuidadora de idosos
Somos família de sete irmãos. Meu pai
administrou sua vida toda um serviço incompatível com sua saúde, em esforço
imenso para nos sustentar. Com setenta anos, já aposentado por invalidez,
precisamos de remédios de alto custo. Eu tinha então 45 anos, e aprendi a lutar
legalmente para chegar a este recurso, mesmo sendo simples mãe de família e
dona de casa. Após seu falecimento, uma tristeza muito forte tomou conta de
mim, fui aconselhada a buscar atividades diferentes, acabei frequentando grupo
voluntário de ginástica da terceira idade, perceberam como gosto de desafios,e
fui indicada para integrar o Conselho do Idoso de nossa cidade. Com o decorrer
do trabalho cheguei a ser Presidente deste Conselho, tendo acesso a outras
iniciativas ligadas à pessoa idosa do município, o que me agrada muito. Uma de
nossas maiores metas é a de que devemos evitar todo e qualquer sofrimento
desnecessário, especialmente em idosos fragilizados. Procuramos saber quais as
necessidades de grupos de idosos organizados e fazer com que cheguem aos
ouvidos e mãos certas. Acompanhando tudo sempre.Com os filhos já adultos,
recebi convite para ser acompanhante-motorista-cuidadora de pessoa idosa. Fui
alegremente, estava cansada de ser “Amélia” (eu me recuso a ter empregada
doméstica). Redistribuí as tarefas de casa com a família, e agora posso
administrar que sonhos são possíveis, com que parcela de meu ganho financeiro.Hoje
cubro as folgas de profissionais que cuidam de duas irmãs bem idosas, que enfrentam problemas de saúde
típicos desta faixa etária.Vou trabalhar muito feliz, gosto de ajudarÈ período
muito bom de minha vida, é possivel até
sonhar com viagens e passeios, o que antes era bem difícil. “Os navegadores
devem sua reputação aos temporais e às tempestades.” – Epicuro.
Caso real. Elizabeth
Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com
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