terça-feira, 23 de abril de 2013

Cuidadora de Idosos


Fátima, hoje uma cuidadora de idosos

   Somos família de sete irmãos. Meu pai administrou sua vida toda um serviço incompatível com sua saúde, em esforço imenso para nos sustentar. Com setenta anos, já aposentado por invalidez, precisamos de remédios de alto custo. Eu tinha então 45 anos, e aprendi a lutar legalmente para chegar a este recurso, mesmo sendo simples mãe de família e dona de casa. Após seu falecimento, uma tristeza muito forte tomou conta de mim, fui aconselhada a buscar atividades diferentes, acabei frequentando grupo voluntário de ginástica da terceira idade, perceberam como gosto de desafios,e fui indicada para integrar o Conselho do Idoso de nossa cidade. Com o decorrer do trabalho cheguei a ser Presidente deste Conselho, tendo acesso a outras iniciativas ligadas à pessoa idosa do município, o que me agrada muito. Uma de nossas maiores metas é a de que devemos evitar todo e qualquer sofrimento desnecessário, especialmente em idosos fragilizados. Procuramos saber quais as necessidades de grupos de idosos organizados e fazer com que cheguem aos ouvidos e mãos certas. Acompanhando tudo sempre.Com os filhos já adultos, recebi convite para ser acompanhante-motorista-cuidadora de pessoa idosa. Fui alegremente, estava cansada de ser “Amélia” (eu me recuso a ter empregada doméstica). Redistribuí as tarefas de casa com a família, e agora posso administrar que sonhos são possíveis, com que parcela de meu ganho financeiro.Hoje cubro as folgas de profissionais que cuidam de duas irmãs bem  idosas, que enfrentam problemas de saúde típicos desta faixa etária.Vou trabalhar muito feliz, gosto de ajudarÈ período muito bom de minha vida, é possivel até sonhar com viagens e passeios, o que antes era bem difícil. “Os navegadores devem sua reputação aos temporais e às tempestades.” – Epicuro.

Caso real. Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga, e-mail: bfritzsons@gmail.com

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