terça-feira, 23 de outubro de 2012

Caso Real: AOS DEZOITO ANOS, A LUZ DO CONHECIMENTO

Gosto do pensamento:”Diversos não são os outros, diversos somos todos nós”, de Reinaldo Bulgarelli, um educador nosso, que atua na área social.Procuro mostrar esta realidade para meus alunos deficientes visuais.Sou professora com pós-graduação em educação especial, concursada, trabalho em duas escolas públicas. Quero ampliar a autonomia destas crianças, às vezes seus pais não estão preparados ainda para lidar com a deficiência de seu filho, tropeçam em preconceitos, ou ficam paralisados por medos infundados e superprotegem atrapalhando o crescimento em todos os sentidos Exponho meus alunos ao máximo convívio possível com as demais crianças, para construir uma inclusão real.
    Quando cheguei a este ponto de minha vida, me sentia “a mais feliz das pessoas que Deus colocou no mundo!” Tinha um trabalho para me sustentar!Sofri em dois vestibulares, lutei muito por bolsa de estudos.Fiz Pedagogia em quatro anos regulares, mas graças à dedicação minha em tempo integral, e a de colegas muito solidários.Para prestar concurso público estudei dias e noites com a ajuda de voluntários leitores .Passei com boa colocação.
    Porque conto tudo isto? Porque só com dezoito anos , deficiente visual desde que nasci, cheguei a uma cidade com escola que poderia me alfabetizar, ensinando Braille.Foi minha primeira escola na vida.Foi então também que cheguei à Associação de Cegos e aprendi a andar sozinha por toda a parte, além de aprender natação, corrida, arremesso de peso, dardo e disco, competindo por dois estados brasileiros.  Meu nome é Luzia Aparecida, hoje tenho quarenta e quatro anos.



Caso real.Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga e diretora da Unidade de Atenção aos Direitos da Pessoa com Deficiência.


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