Por Mariana Soares da Paz *
Quanto mais os diversos campos do saber dedicam-se a explicar o fenômeno da loucura, mais discursos são enunciados para tornar inteligível o sofrimento psíquico. A compreensão da loucura, sob o viés de práticas de aprisionamento e medicamentosas, resultou em transformar os sujeitos em objetos mortificados subjetivamente por tais procedimentos.
A política pública de saúde para a área da psiquiatria, enquanto projeto político — isto porque para sua viabilização mobilizam-se leis e instituições para legitimar e justificar sua prática — revela um discurso que toma a loucura como seu objeto de tratamento, justificando toda sua lógica iatrogênica — que gera doenças ou alterações patológicas, criadas por efeitos colaterais dos medicamentos.
No atual contexto, é preciso questionar o discurso que defende a ligação da loucura com o manicômio como único destino do sujeito em sofrimento, refletindo sobre os modelos que ainda são tomados como referência para um ideal de saúde, tendo a normalidade da instância mental. Modelos esses balizados por operar frente ao sofrimento do sujeito como patológico, referendando uma ciência positivista e tendo na patologia um aspecto presente, passível a ser tratado pela segregação e pelo controle psicofármaco, como promessa de cura.
Com o advento da Política Nacional de Saúde Mental, investiu-se em uma nova forma de abordar o problema da loucura, de forma a comportar uma mudança radical no modelo de assistência à saúde mental. Com novos espaços para o cuidado, o louco passa de paciente (objeto de um tratamento) para sujeito-cidadão, usuário dos serviços de saúde.
Quando o Estado brasileiro se dispõe a instituir sua política de atenção à saúde mental, sob o esteio da Reforma Psiquiátrica, não se restringe à Reforma, mas a uma re-estruturação de todo o sistema, ou seja, a estrutura até então vigente deverá ser substituída integralmente. Questiona-se, então, se o que se intitula de Reforma Psiquiátrica poderia ser um movimento de captura da loucura com novos instrumentos e que ainda reproduz o conservadorismo tradicional da antiga política pública de psiquiatria.
Esse discurso também pode ter seus reflexos na prática clínica, já que pensar a loucura como doença, levaria a condução do “tratamento” sob os moldes da psiquiatria clássica, como uma forma de controle e contenção da loucura.
A Lei Federal 10.216 de 06 de abril de 2001 dispõe sobre a proteção dos direitos das pessoas portadoras de sofrimento psíquico e o redirecionamento dos modelos de atenção a quem necessita do serviço. A reflexão proposta, neste artigo, visa iniciar um diálogo sobre o perfil das políticas de saúde mental que o Estado disponibiliza para os sujeitos em sofrimento. Afinal, são políticas para sujeitos apagados pelo excesso de medicação ou para sujeitos de direitos?
/*Mariana Soares da Paz é psicóloga do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares — GAJOP. Graduada em Psicologia pela Faculdade do Vale do Ipojuca (FAVIP) e aluna do curso de Pós Graduação em Psicologia e Direitos Humanos da Faculdade Frassinet do Recife (FAFIRE)./
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terça-feira, 31 de julho de 2012
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Brasil participa de projeto musical para as Paralimpíadas de Londres
O Dean Rodney Singers é um ambicioso projeto de arte liderado pelo artista Dean Rodney, que tem autismo.
O trabalho, que será exibido em Londres durante as Paralimpíadas, conta com a participação de um brasileiro com síndrome de Down. A idéia é usar música e dança para materializar o mundo de fantasia e criaturas misteriosas criado por Dean Rodney, curador do projeto. Para isso, ele vai trabalhar com bandas formadas por músicos, cantores e bailarinos de sete países em todo o mundo, Brasil, Japão, China, África do Sul, Alemanha, Croácia e Reino Unido.
O projeto vai resultar na criação de 23 músicas utilizando tecnologia de ponta. A intenção é desenvolver um espaço online de colaboração onde os membros com e sem deficiência possam trabalhar juntos para fazer as músicas ganharem vida. Todas as canções serão criadas com aplicativos do Ipad como Animoog, Garage Band, IMS 20 e ikossalator. Cada país vai trabalhar em três ou quatro músicas e cada membro da banda usará seu iPad para criar suas próprias versões das canções.
Dean visitará cada banda em cada país para orientar o trabalho. A visita no Brasil aconteceu nos dias 7 e 8 de junho, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Entre os 11 brasileiros selecionados para participar do projeto estava Eduardo Gomes, de 22 anos, o Dudu do Cavaco, de Belo Horizonte, que tem síndrome de Down. Na oficina, que durou dois dias, Eduardo e os outros artistas aprenderam a manusear os aplicativos de música eletrônica para produzirem suas versões e enviarem para a produção final de Dean e sua equipe. O projeto será exibido no South Bank Centre, em Londres, numa instalação video-musical interativa durante os Jogos Paralímpicos, que começam em agosto.
Na fonte um vídeo, postado por Leonardo Gomes, irmão de Eduardo, mostra um pouco da oficina do projeto que aconteceu em São Paulo, no começo de junho.
Fonte
O trabalho, que será exibido em Londres durante as Paralimpíadas, conta com a participação de um brasileiro com síndrome de Down. A idéia é usar música e dança para materializar o mundo de fantasia e criaturas misteriosas criado por Dean Rodney, curador do projeto. Para isso, ele vai trabalhar com bandas formadas por músicos, cantores e bailarinos de sete países em todo o mundo, Brasil, Japão, China, África do Sul, Alemanha, Croácia e Reino Unido.
O projeto vai resultar na criação de 23 músicas utilizando tecnologia de ponta. A intenção é desenvolver um espaço online de colaboração onde os membros com e sem deficiência possam trabalhar juntos para fazer as músicas ganharem vida. Todas as canções serão criadas com aplicativos do Ipad como Animoog, Garage Band, IMS 20 e ikossalator. Cada país vai trabalhar em três ou quatro músicas e cada membro da banda usará seu iPad para criar suas próprias versões das canções.
Dean visitará cada banda em cada país para orientar o trabalho. A visita no Brasil aconteceu nos dias 7 e 8 de junho, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Entre os 11 brasileiros selecionados para participar do projeto estava Eduardo Gomes, de 22 anos, o Dudu do Cavaco, de Belo Horizonte, que tem síndrome de Down. Na oficina, que durou dois dias, Eduardo e os outros artistas aprenderam a manusear os aplicativos de música eletrônica para produzirem suas versões e enviarem para a produção final de Dean e sua equipe. O projeto será exibido no South Bank Centre, em Londres, numa instalação video-musical interativa durante os Jogos Paralímpicos, que começam em agosto.
Na fonte um vídeo, postado por Leonardo Gomes, irmão de Eduardo, mostra um pouco da oficina do projeto que aconteceu em São Paulo, no começo de junho.
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sexta-feira, 27 de julho de 2012
OMS lança cartilha contra abuso de pessoas com problemas de saúde mental
Medidas devem ser aplicadas em hospitais e ambulatórios; agência defende que vários pacientes são submetidos a abusos que incluem paralisação, medicamentos em excesso ou celas de reclusão.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em York.*.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, anunciou o lançamento de uma cartilha para ajudar os países a pôr fim ao abuso de pessoas com problemas de saúde mental.
O documento é baseado na Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e prevê medidas que devem ser aplicadas em vários ambientes, como hospitais e ambulatórios.
Negligência
Para a OMS, as violações contra pessoas com problemas de saúde mental incluem o confinamento em ambientes superlotados e com falta de higiene, violência, abuso e negligência no tratamento.
A “Cartilha de Direitos de Qualidade” inclui o oferecimento de cuidados com base no consentimento do paciente e a oferta de serviços que estimulem a autonomia como parte da recuperação.
Qualidade
A agência diz que o novo mecanismo visa garantir que cuidados de qualidade e normas de direitos humanos sejam colocados em prática na saúde mental e nos serviços de assistência social, a nível global.
O documento indica ainda que muitos pacientes estão presos contra a sua vontade, recebem medicamentos em excesso, são colocados em celas de reclusão ou têm a sua liberdade restrita durante durante vários anos.
A OMS afirma que o conjunto de medidas padrão pode ser aplicado em países de rendas baixa, média e alta.
Para baixar a publicação em inglês, clique aqui.
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quarta-feira, 25 de julho de 2012
Cartão Nacional de Estacionamento para Pessoas com Deficiência
O símbolo internacional de acessibilidade não possui um controle de utilização e o adesivo é facilmente adquirido, por isso serve somente como um referencial para identificar um automóvel onde há um condutor ou passageiro com deficiência. O Cartão DeFis-DSV foi criado, com o objetivo de regulamentar a questão da utilização de vagas reservadas.
O cartão é pessoal e intransferível, possui um número de identificação além de data de validade. Esta autorização fica vinculada à pessoa e não ao automóvel, desta maneira a pessoa com deficiência pode utilizá-la em qualquer automóvel onde está sendo transportada. Agora ela tem validade em todo o território nacional, eliminando assim problemas de pessoas que moram e trabalham em municípios diferentes, mas que só podiam ter esta permissão para o município de residência.
O cartão é exigido somente em vagas de estacionamento em vias públicas, onde a falta deste implica em multa. As autoridades não podem interferir em estabelecimentos particulares. Porém se fosse obrigatória sua utilização para todo o tipo de vaga reservada, como acontece em diversos países do exterior, teríamos como resultado, um “respeito” bem maior da sociedade deste importante recurso.
Abaixo contém instruções detalhadas de como adquirir o Cartão DeFis-DSV. Embora estas instruções estejam mais direcionadas ao Município de São Paulo, residentes de outros municípios podem procurar o Detran de seu estado para maiores informações.
O que é o Cartão DeFis-DSV?
É uma autorização especial, gratuita, para o estacionamento de veículos em via pública e zona azul, em vagas especiais — demarcadas com o Símbolo Internacional de Acesso –, para pessoas com deficiência de mobilidade obrigadas ou não a usar cadeira de rodas, aparelhagem ortopédica ou prótese, temporária ou permanente. É regulamentado pela portaria DSV/G. n.º 014/02, de abril de 2002. Clique aqui para ver a portaria na íntegra.
É uma autorização especial, gratuita, para o estacionamento de veículos em via pública e zona azul, em vagas especiais — demarcadas com o Símbolo Internacional de Acesso –, para pessoas com deficiência de mobilidade obrigadas ou não a usar cadeira de rodas, aparelhagem ortopédica ou prótese, temporária ou permanente. É regulamentado pela portaria DSV/G. n.º 014/02, de abril de 2002. Clique aqui para ver a portaria na íntegra.
Quem tem direito a esta autorização?
O Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV) emite o Cartão DeFis-DSV para:
• Portadores de deficiência física ambulatória no(s) membro(s) inferior(es);O Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV) emite o Cartão DeFis-DSV para:
• Portadores de deficiência física ambulatória autônoma, decorrente de incapacidade mental; (quando o portador não pode assinar, há a necessidade de apresentação de documento de representação legal como: Interdição, Curatela ou Procuração)
• Pessoas com mobilidade reduzida temporária, com alto grau de comprometimento ambulatório, inclusive as com deficiência de ambulação – temporária – mediante solicitação médica.
Como obter o requerimento do Cartão DeFis-DSV?
Comparecer ao setor de Autorizações Especiais do DSV (DSV-AE), na rua Sumidouro, 740, em Pinheiros – CEP 05428-010-, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h e apresentar os seguintes documentos:
• Formulário de requerimento do Cartão DeFis-DSV;Comparecer ao setor de Autorizações Especiais do DSV (DSV-AE), na rua Sumidouro, 740, em Pinheiros – CEP 05428-010-, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h e apresentar os seguintes documentos:
• Formulário de atestado médico que comprove a deficiência física ambulatória ou a mobilidade reduzida, contendo a respectiva indicação de acordo com o Código Internacional de Doenças (CID), o carimbo, o CRM e a assinatura do médico, com data de emissão não superior a três meses. O requerente deve entregar o formulário original ou uma cópia, autenticada ou simples — neste último caso será preciso apresentar o original.
• Cópia simples da Carteira de Identidade (ou de documento equivalente) do portador de deficiência física ambulatória ou com mobilidade reduzida e do seu representante, quando for o caso. Este último deve apresentar cópia simples de documento comprovando ser representante do portador de deficiência física ou com mobilidade reduzida.
• Cópia simples do CPF do portador da deficiencia e copia simples do comprovante de residencia.
Dúvidas, ligue para: (11) 3812-3281 ou (11) 3816-3022.
No DSV-AE (mesmo endereço acima), de segunda a sexta, das 9h às 17h.
O que é preciso observar no uso diário do cartão?
Além das regras de trânsito vigentes e daquelas estabelecidas pela sinalização local, deverão ser respeitadas rigorosamente as “Regras de Utilização” contidas no verso do cartão DeFis-DSV. Nas vagas especiais situadas em áreas de Zona Azul, o usuário deve utilizar, além do Cartão DeFis-DSV, o cartão de Zona Azul. O cartão DeFis-DSV não dá direito ao uso da vaga gratuitamente.
Além das regras de trânsito vigentes e daquelas estabelecidas pela sinalização local, deverão ser respeitadas rigorosamente as “Regras de Utilização” contidas no verso do cartão DeFis-DSV. Nas vagas especiais situadas em áreas de Zona Azul, o usuário deve utilizar, além do Cartão DeFis-DSV, o cartão de Zona Azul. O cartão DeFis-DSV não dá direito ao uso da vaga gratuitamente.
Vale lembrar que o Cartão DeFis-DSV poderá ser utilizado como referência para estabelecimentos particulares, que reservem vaga específica de estacionamento demarcada com o Símbolo Internacional de Acesso.
Pela nova regra, todos os municípios brasileiros passarão a adotar um modelo único de credencial definido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Para adquirir essa nova credencial, as pessoas com deficiência precisam fazer ou refazer o cadastro no órgão de trânsito municipal ou no Detran. Em alguns Estados, a apresentação da carteirinha não isenta o pagamento da taxa de estacionamento da Área Azul. O cartão será apreendido ou cancelado se constatado:
•Empréstimo do cartão a terceiros;•Uso de cópia;
•Porte do cartão com rasuras ou falsificado;
•Uso em desacordo com as regras previstas na lei;
•Uso do cartão com a validade vencida.
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No Brasil, 62% dos lares não têm acesso à Internet
Por Ana Paula Lobo
na Convergência Digital
O TIC Domicílios 2011, produzido pelo CETIC.br, comprova que a desigualdade digital reina no Brasil. Apesar de a presença de computadores e do próprio acesso à Internet crescer ano a ano, 55% dos domicílios brasileiros não têm computador e 62% não têm Internet.
Na área rural, esse abismo se grava: chega a 90% os domicílios sem acesso à rede mundial, conforme revela a pesquisa TIC Domícilios 2011, divulgada nesta quinta-feira 31/05. O levantamento constata que a proporção de domicílios com computador passou de 35% para 45%, enquanto a presença da Internet cresceu de 27% para 38%, de 2010 para 2011.
Mas o estudo mostra que esse impulso acontece nas classes mais favorecidas econômicamentes. As classes A, B, e agora parte da classe C, seguem como as maiores consumidoras de tecnologia. Mas a inclusão digital ainda não acontece para as classes D e E, que somam cerca de 74 milhões de brasileiros.
O TIC Domicílios 2011 comprova que se na classe A, o acesso à Internet está em 97% dos lares, nas classes D e E o resultado é desanimador: apenas 5% dos lares dessas classes têm Internet. isso significa que 95% dos lares das classes D e E não têm uso da Internet doméstica.
A desigualdade digital se une à social/econômica. Nas regiões Norte e Nordeste, a Internet ainda é um bem distante da população. De acordo com o TIC Domicílios 2011, dois terços da população dessas região não têm acesso à Internet.
O levantamento do CETIC.br mostra ainda que o Plano Nacional de Banda Larga tem muito por fazer. Isso porque 55% da população brasileira não é usuária da Internet ou não utilizaram a Rede Mundial nos últimos três meses. Para realizar o TIC Domicílios 2011, o CETIC.br realizou entrevistas presenciais em 25 mil domicílios no Brasil,incluindo áreas rurais.
Fonte
na Convergência Digital
O TIC Domicílios 2011, produzido pelo CETIC.br, comprova que a desigualdade digital reina no Brasil. Apesar de a presença de computadores e do próprio acesso à Internet crescer ano a ano, 55% dos domicílios brasileiros não têm computador e 62% não têm Internet.
Na área rural, esse abismo se grava: chega a 90% os domicílios sem acesso à rede mundial, conforme revela a pesquisa TIC Domícilios 2011, divulgada nesta quinta-feira 31/05. O levantamento constata que a proporção de domicílios com computador passou de 35% para 45%, enquanto a presença da Internet cresceu de 27% para 38%, de 2010 para 2011.
Mas o estudo mostra que esse impulso acontece nas classes mais favorecidas econômicamentes. As classes A, B, e agora parte da classe C, seguem como as maiores consumidoras de tecnologia. Mas a inclusão digital ainda não acontece para as classes D e E, que somam cerca de 74 milhões de brasileiros.
O TIC Domicílios 2011 comprova que se na classe A, o acesso à Internet está em 97% dos lares, nas classes D e E o resultado é desanimador: apenas 5% dos lares dessas classes têm Internet. isso significa que 95% dos lares das classes D e E não têm uso da Internet doméstica.
A desigualdade digital se une à social/econômica. Nas regiões Norte e Nordeste, a Internet ainda é um bem distante da população. De acordo com o TIC Domicílios 2011, dois terços da população dessas região não têm acesso à Internet.
O levantamento do CETIC.br mostra ainda que o Plano Nacional de Banda Larga tem muito por fazer. Isso porque 55% da população brasileira não é usuária da Internet ou não utilizaram a Rede Mundial nos últimos três meses. Para realizar o TIC Domicílios 2011, o CETIC.br realizou entrevistas presenciais em 25 mil domicílios no Brasil,incluindo áreas rurais.
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terça-feira, 24 de julho de 2012
Atriz com síndrome de Down faz sucesso em seriado de terror
Emmy Magazine, Edição n º 3, 2012
Página 108
Tradução: Patricia Almeida
“Como a garota do lado, ela é top”
Um dos personagens mais inesquecíveis na história do seriado da FX American Horror Story não tem sido um fantasma, mas Adelaide, a filha da misteriosa Constance (Jessica Lange) que tem premonições e é freqüentemente maltratada.
Adelaide tem problemas com limites – ela entra na casa de seus vizinhos sem permissão e fala da desgraça – mas ela pode ser compreensiva e encantadora. Muito do apelo Addie decorre de Jamie Brewer a atriz que a retrata.
Como Adelaide, Brewer tem síndrome de Down, mas isso não a impediu de alcançar seus sonhos. Ela começou a atuar no oitavo grau na escola e programas extra-curriculares e fez duas peças assim que saiu da escola da escola, mas a American Horror Story é o seu primeiro programa importante.
“Estou muito grata ao (produtor executivo) Ryan Murphy por me dar esta oportunidade e por criar o personagem de Adelaide “, diz ela.
Ela não é só atriz. Também estuda meio-período no Monte San Jacinto College nos arredores de Los Angeles, para se graduar em bacharel em artes plásticas. Ela também pertence ao grupo Born to Act Players (Nascidos para atuar) em Los Angeles .
Brewer atribui à faculdade sua vontade de buscar novos e mais ambiciosos papéis. “Fazer comédia seria divertido, mas qualquer papel que eu fizer, quero que seja um papel desafiante”.
Após que American Horror Story estreou no último outono, os fãs começaram a reconhecê-la na rua. “É muito legal que as pessoas estão vindo até mim e me dizendo o quanto eles admiram ver alguém com uma deficiência na TV”, ela diz: “Eles adoram Adelaide, às vezes se esquecem que, como Adelaide, eu, pessoalmente, tem uma deficiência”.
Esta primavera Brewer recebeu um Prêmio VOZES 2012 da Associação Síndrome de Down de Los Angeles, por espalhar conscientização pela comunidade através de sua performance. “É uma honra “, diz ela,” e eu espero que possa realmente ser um bom modelo. “- Paula Herdrickson
Fonte
Página 108
Tradução: Patricia Almeida
“Como a garota do lado, ela é top”
Um dos personagens mais inesquecíveis na história do seriado da FX American Horror Story não tem sido um fantasma, mas Adelaide, a filha da misteriosa Constance (Jessica Lange) que tem premonições e é freqüentemente maltratada.
Adelaide tem problemas com limites – ela entra na casa de seus vizinhos sem permissão e fala da desgraça – mas ela pode ser compreensiva e encantadora. Muito do apelo Addie decorre de Jamie Brewer a atriz que a retrata.
Como Adelaide, Brewer tem síndrome de Down, mas isso não a impediu de alcançar seus sonhos. Ela começou a atuar no oitavo grau na escola e programas extra-curriculares e fez duas peças assim que saiu da escola da escola, mas a American Horror Story é o seu primeiro programa importante.
“Estou muito grata ao (produtor executivo) Ryan Murphy por me dar esta oportunidade e por criar o personagem de Adelaide “, diz ela.
Ela não é só atriz. Também estuda meio-período no Monte San Jacinto College nos arredores de Los Angeles, para se graduar em bacharel em artes plásticas. Ela também pertence ao grupo Born to Act Players (Nascidos para atuar) em Los Angeles .
Brewer atribui à faculdade sua vontade de buscar novos e mais ambiciosos papéis. “Fazer comédia seria divertido, mas qualquer papel que eu fizer, quero que seja um papel desafiante”.
Após que American Horror Story estreou no último outono, os fãs começaram a reconhecê-la na rua. “É muito legal que as pessoas estão vindo até mim e me dizendo o quanto eles admiram ver alguém com uma deficiência na TV”, ela diz: “Eles adoram Adelaide, às vezes se esquecem que, como Adelaide, eu, pessoalmente, tem uma deficiência”.
Esta primavera Brewer recebeu um Prêmio VOZES 2012 da Associação Síndrome de Down de Los Angeles, por espalhar conscientização pela comunidade através de sua performance. “É uma honra “, diz ela,” e eu espero que possa realmente ser um bom modelo. “- Paula Herdrickson
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sexta-feira, 20 de julho de 2012
The blue ear - A orelha Azul
Incentivo: A pedido da mãe de um menino dos EUA com perda auditiva, a Marvel fez um herói com aparelho de surdez que tem o poder de ouvir pedidos de ajuda. A seguir algumas reportagens (traduzidas) do site da Marvel. Bela iniciativa !
Por Tim Stevens
Como tantos de nós, Anthony Smith só quer ser como seu favorito super-herói.
Ele quer ser tão forte quanto o Hulk, tão rápido quanto Mércurio, tão inteligente como Senhor Fantástico, e tão engraçado quanto o Homem-Aranha. No entanto, quando ele olhou para seus favoritos, ele viu que nenhum deles parecia ser como ele, de uma maneira fundamental: nenhum deles usava um aparelho auditivo. Assim, apesar do dispositivo que ele e sua família chamam de "orelha azul", dando-lhe a capacidade de ouvir o mundo ao seu redor, ele rejeitou.
Sua mãe, Christina D'Allesandro, frustrada com o desenvolvimento e em uma perda de como convencer seu filho que os heróis poderiam usar aparelhos auditivos, estendeu a mão para Marvel na esperança de que algum personagem ou imagem poderia mostrar seu filho que ele não precisa sacrificar sua audiência a ser um dos mocinhos.
"Christina enviou sua carta sincera em geral para o catch-all como "cartas de fãs", que é compartilhado pelo grupo de heróis em editorial, "Editor Bill Rosemann lembra. "Ela não se dirigiu a uma pessoa específica, ela ainda mencionou que, provavelmente, o e-mail poderia acabar em nossos filtros de spam, mas ela mandou-o de qualquer maneira, porque Christina é um dos verdadeiros heróis desta história."
"Foi seu esforço para ajudar seu filho que inspirou e tocou muitos de nós aqui e estimulou-nos em ação", continuou ele. "Eu enviei o e-mail ao redor, para o resto do editorial, perguntando o que poderíamos fazer para ajudar, perguntando se alguém sabia quaisquer artistas que estariam dispostos a desenhar algo para Anthony. E, assim como quando o Capitão América grita, "Avengers Assemble ', a equipe entrou em ação."
A Orelha Azul
por Nelson Ribeiro
Marvel Senior VP - Editor Executivo e residente história especialista Tom Brevoort, desde a primeira peça importante.
"Tom foi o que era bom o suficiente para me lembrar que Hawkeye perdeu a audição de volta nos anos 80, durante a sua [série limitada] solo," Rosemann explica, "eu era capaz de encontrar muito rapidamente e enviar um jpg de VINGADORES West Coast # 1 a capa Christina. Eu disse a ela que não só super-heróis no fato de que a prótese auditiva, mas que Hawkeye, um Avenger real, usa-los e que, se Anthony usava, ele se tornou um vingador honorário ".
Não satisfeito o suficiente para simplesmente prometer Anthony estado honorário Rosemann e empresa queria entregar na realidade desenhada.
"[Editor] Lauren Sankovitch dividiu o e-mail com Nelson Ribeiro em edições Coletados, que então criou sua obra-prima Marvel Poderoso destacando a negrito Orelha Azul", o editor diz. "Então, [editor] Tom Brennan estendeu a mão para o Bullpen próprio Manny Mederos, que chamou sua equipe-up incrível tiro de Hawkeye e Orelha Azul".
Os esforços não foi apreciado por Anthony ou Allesandro D '. Na verdade, eles ecoou por todo o caminho até as salas da escola do menino, OUVIR em New Hampshire, um instituto dedicado especificamente à educação de deficientes auditivos.
"Uma das melhores coisas sobre toda essa experiência tem sido Christina relativo a nós em uma série de e-mails quanto a arte tem animado Anthony", Rosemann ressalta. Ele está correndo por aí com as pin-ups, mostrando-lhes aos seus amigos na escola, que inspirou os professores a organizar um "vestido como um super-herói" evento ".
Hawkeye & A Orelha Azul
por Manny Mederos
Como para convencer Anthony precisa envergar seu aparelho auditivo vai para a frente, bem que também provou ser bem-sucedido e, em seguida, alguns:
"Christina diz-me que Anthony está usando seu aparelho para que ele possa ser como Orelha Azul e ouvir gritos de outras pessoas para ajudar e ela também mandou um traje especial orelha azul!"
Mais sobre Marvel
quinta-feira, 19 de julho de 2012
“Como Estrelas na Terra – Toda Criança é Especial” (Taare Zameen Par – Every Child is Special)
Diferentemente do que costumo postar resolvi destacar no blog outros gêneros cinematográficos, ou seja um filme de Bollywood. Este é o primeiro filme indiano, que assisto, porém marcou de tal maneira que aguçou meu desejo de conhecer mais este universo do cinema. Por isso compartilho com vocês uma resenha do filme que espero, assim como o próprio filme, apreciem.
Do que foi mostrado no filme ficou marcado para mim, o modo como a arte e a educação são importantes ferramentas de estímulo ao desenvolvimento de uma pessoa quando aplicadas intencionalmente para a sua felicidade, independente do problema ou desvio que tiver.
Taare Zameen Par – filme da produção de Bollywood - conta a história de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser compreendida. Ishaan Awasthi, de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo. As letras dançam em sua frente, como diz, e não consegue acompanhar as aulas nem focar sua atenção. Seu pai acredita apenas na hipótese de falta de disciplina e trata Ishaan com muita rudez e falta de sensibilidade.
Após serem chamados na escola para falar com a diretora, o pai do garoto decide levá-lo a um internato, sem que a mãe possa dar opinião alguma. Tal atitude só faz regredir em Ishaan a vontade de aprender e de ser uma criança. Ele visivelmente entra em depressão, sentindo falta da mãe, do irmão mais velho, da vida… e a filosofia do internato é a de “disciplinar cavalos selvagens”. Inesperadamente, um professor substituto de artes entra em cena e tão logo percebe que algo de errado estava pairando sobre Ishaan. Não demorou para que o diagnóstico de dislexia ficasse claro para ele, o que o leva a por em prática um ambicioso plano de resgatar aquele garoto que havia perdido sua réstia de luz e vontade de viver.
O filme é uma obra prima do até então ator e produtor Aamir Khan, já macaco velho nas bandas de Bollywood. Pela primeira vez, após a atuação em sucessivos filmes que lhe deram a fama em anos recentes, Khan quis arriscar-se como diretor e impressionou pela qualidade e sensibilidade neste filme. Ele não só dirige TZP, como produz, com sua Aamir Khan Productions, e também atua no papel do professor substituto.
Ishaan Awasthi é interpretado pelo estreante Darsheel Safary, que também surpreendeu pela qualidade de sua atuação. Merecidamente, Safary ganhou o prêmio de melhor ator pela crítica, no mesmo Filmfare Awards deste ano de 2008. Virou celebridade. Além dos prêmios de melhor filme e melhor ator pela crítica, TZP ganhou também o prêmio de melhor direção, para Aamir Khan, e de melhor letra de música. O filme, embora não tenha as exóticas cenas de dança, tem músicas que aparecem como clipes, com imagens que não só ilustram a melodia, mas também fazem parte do decorrer da história. Dentre as músicas (muito boas, por sinal), Maa, que significa “mãe” em hindi, recebeu o prêmio de melhor letra.
“Taare Zameen Par – Every Child is Special“, o que significa, exatamente, “Estrelas na Terra – Toda Criança é Especial“. Embora o filme fale diretamente sobre o caso de uma criança, ele é uma mensagem para o mundo sobre o verdadeiro papel de um educador e formação de um novo ser humano – veja que não digo professor, mas educador. Ao afirmar no título que toda e qualquer criança é especial, que são como estrelas na Terra, a proposta é trazer a idéia de que não podemos negligenciar a diversidade e preciosidade dos projetos de gente de nosso mundo, pois são eles que fazem o futuro.
O filme vai muito além de tocar na sensibilidade de ser criança e educador; ele manda uma mensagem de nosso papel como ser humano – o que na Índia não é tarefa fácil. Aliás, poucos são os próprios indianos que realmente reconhecem o valor desse filme, muito poucos.
Em muitos momentos, Aamir Khan optou por utilizar recursos caricatos para os personagens do filme, sobretudo em relação aos professores de ambas as escolas por que Ishaan passa. Ainda que personagens caricatos possam trazer um grau de irrealidade para a trama, em Taare Zameen Par a caricatura contribui para aumentar a sensação de sofrimento, opressão e incompreensão vivido pelo garoto disléxico. No conjunto, caricaturas e clipes de música ilustram uma ficção que de irreal nada tem; qualquer semelhança entre a ficção e a vida real é mera coincidência, diz, antes do filme começar. Mas o próprio professor Ram Shankar Nikumbh (interpretado por Aamir Khan) lembra às crianças que Einstein, Agatha Christie, Da Vinci e Tomas Edison eram disléxicos e sofreram na infância – TZP é história da vida real. Antes fosse apenas ficção.
Em Taare Zameen Par não há as típicas cenas de dança dos filmes de Bollywood; as músicas aparecem como clipes, mostrando cenas que complementam a história que está sendo contada naquele momento, porém sem diálogos. A primeira a aparecer, por exemplo, mostra a rotina da casa de Ishaan. Num outro momento, Ishaan sai pra rua e anda pela cidade (Mumbai), reparando em detalhes não usuais para uma simples criança de sua idade. Neste momento toca a música Mera Jahan, que, literalmente, significa Meu Mundo. É o que Ishaan vê e reconhece como fazendo parte integrante. Ao voltar pra casa ele elabora o que viu fazendo um desenho – a criatividade artísticas em disléxicos tende a ser mais aflorada, pela sua maneira distinta com que o mundo é compreendido. A música que ficou mais famosa, porém, foi Maa, que significa Mãe, como já disse anteriormente. Quando passa essa música, Ishaan acaba de chegar no internato e sofre demais – sua mãe também. Postarei este clipe pra vocês.
Numa outra música, com o título que dá nome ao filme, vemos o professor Ram Nikumbh em seu emprego na escola pra crianças especiais e depois partindo para a casa de Ishaan, onde irá conversar com seus pais. A música é longa e tão longo é todo esse momento, mas nem percebe-se a música tocar, dada a imensidão de informações passando. Porém, o detalhe mais importante desta passagem está no que faz Ram no caminho até a casa de Ishaan, que não vi indiano nenhum fazendo e nem sequer parando para refletir sobre. No ônibus, o professor ajuda uma mãe com seu bebê; depois, na beira da estrada, paga um chá com biscoitos à criança-empregada do estabelecimento. Em outro momento, andando ao lado da feira, pega a couve-flor que cai no chão. Coisas simples, mas indianos não costumam fazer coisas simples. Simples ajudas, mas indianos não costumam ajudar.
Taare Zameen Par vem também cumprir um importante papel na sociedade indiana. Não se trata de civilizar ou ocidentalizar, mas de trazer um pouco mais de humanidade para o coração hindustani, um pouco mais do senso de individuação, que de nada tem a ver com individualização. Talvez ainda além de mandar uma mensagem sobre o papel do educador, este filme ensina antes o que é ser pai, o que significa e o que implica em ter um filho. Ram Nikumbh, contestando o que o pai de Ishaan disse a ele em certo momento, deixa bem claro o que significa a palavra “cuidar”. E neste momento sublime, alerta para que não aconteça com Ishaan o que acontece com as árvores das Ilhas Salomão, que morrem após as pessoas ficarem gritando à sua volta. Aamir Khan fez uma obra-prima – e talvez a última também. Será difícil que ele faça um filme tão bom como esse de novo.
Fonte
terça-feira, 17 de julho de 2012
O que é o "bullying"?
Marta Suplicy
Pensamos no "bullying" e vem a imagem de alguém mais frágil sendo humilhado ou maltratado por outro mais forte, num exercício perverso de manifestação de poder. Entretanto o "bullying", hoje, faz parte das nossas vidas, mesmo sem a consciência de quando ele acontece.
Ou não será "bullying" ser constrangido a ouvir aquela música a mais de mil decibéis saindo do porta-malas de um carro, quando você gostaria de estar apenas ouvindo o barulho das ondas do mar? Ou mesmo ligar o rádio e só ter sertanejo universitário para ouvir?
E no trânsito, a figura tão comum dos motoboys ou daqueles motoristas que dirigem como se estivessem permanentemente numa prova de Fórmula 1, ultrapassando pelo acostamento, ziguezagueando, buzinando freneticamente, lhe empurrando para passar o farol vermelho? Você se sentindo ameaçado, fragilizado, impotente, acuado. Isso não é "bullying"?
E a busca da eterna juventude, da barriga tanquinho, dos músculos definidos e da magreza anoréxica são ideias das nossas cabeças?
Sem falar naquele chefe que exige o impossível, que lhe impõe tarefas ridículas e de eficácia duvidosa, num "bullying" exercitado no contínuo exercício de desqualificação na relação de trabalho.
O "bullying", com outra roupagem, também aparece nas campanhas publicitárias, que martelam dia e noite na nossa cabeça mensagens de coisas que não queremos comer, não precisamos usar, trocar ou comprar. E das quais é difícil se defender ou escapar.
E se a vítima for criança, coitados dos pais que serão infernizados pela necessidade de consumo de alguma inutilidade -absolutamente necessária para a paz e a felicidade familiar, mas que era desconhecida até a semana anterior.
E os "bullyings" mais sutis? O que é esse sentimento que nos obriga a ser um sucesso? Vencer sempre? De ser "entendido" disso ou daquilo?
E o "bullying" para os diferentes? Doentes mentais? Portadores de HIV?
E o político? A história e recentes reportagens proporcionariam um capítulo instrutivo.
A lista é imensa.
E o "bullying" via internet, com alcance muito mais perigoso, pois a agressão pode ser devastadora e difundida em muito menos tempo?
Vivemos num mundo onde o "bullying" é uma constante.
E, num mundo conectado, cada vez mais globalizado, não ter como blindar-se e formar opinião mais livremente é a submissão ao maior tipo de "bullying" possível. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.
Fonte
Na sua direita, no cardapio, uma cartilha sobre o assunto. Bullying Cartilha 2012- Justiça nas escolas.
Boa leitura.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
SOU DIFERENTE, MAS SOU EFICIENTE
Sou Adriana. Esperando a saída de meu caçula da escola presenciei discussão de pontos de vista diferentes entre ele e o coleguinha. Este dizia “- Sua mãe não tem um braço!”, e meu filho repetia insistentemente –” Tem sim, tem sim! Tem e iai - iai!”, sem um acordo possível. Sorri e decidi não interferir.
“Iai-iai” acabou sendo o apelido de parte de meu ante braço esquerdo, que tem a forma de um cone com pequeno dedo na ponta. Ele mexia nele, a pele se rompia , sangrando, eu gemia. Virou apelido.
Em criança, minha mãe pedia para não tornar evidente a falha do braço. Como?Faço todo o serviço de casa, prego botões, e desenho flores nas unhas da mão direita, com esmalte. Tive vários namorados.
Fui babá desde os dezoito anos (sem registro). Fui passadeira cuidando dos lençóis e travesseiros de um hotel. Depois fui camareira por seis anos. Com registro em carteira fui faxineira em escola, durante seis meses. Depois fui recepcionista em convenio de saúde durante quatro anos.
Mudança do quadro administrativo resultou em dispensa. Fui cobradora de ônibus, mas a falta de paciência das pessoas me fez desistir – era o tempo de fazer troco, não havia cartão.
Hoje trabalho em metalúrgica, no setor de produção. Sempre gostaram muito de meu trabalho. Tenho o 1º grau completo, 41 anos, muita vontade de aprender mais informática. Preciso de curso gratuito, tenho muitos compromissos financeiros. Moro sozinha com meus dois filhos e já existe um lindo netinho.
Sonho com carta de motorista. Ao avaliar uma pessoa com deficiência para uma função faça um teste com bastante tempo, carinhoso. Incluir com o devido cuidado é sadio e benéfico para empregado e empregador. “A vida é realmente simples. Nós é que insistimos em torná-la complicada.” – Confúcio.
Elizabeth Fritzsons da Silva, Psicóloga-Diretora/ UADPD.
OBEDECER DEMAIS, RISCO DE MORTE - Caso Real
Meu nome é Wellington. Sobrevivi a acidente de transito gravíssimo pelos meus dezoito anos. Sofri em três tentativas de trabalho, por falta de registro (depois de um ano de trabalho), por falta de segurança (quase morri dentro de filtro de algodão, em produtor de sacaria, inadvertidamente ligado quando eu estava limpando) e por falta de moradia adequada no acampamento da construção. Estava a um mês no quarto emprego, esperando o registro.
Trabalhei das sete às dezessete horas, o patrão disse que ficaria como vigia a noite . Pagaria hora extra. De manhã, muito cansado peguei minha moto e o rumo de casa. Na pista de mão dupla, dormi dirigindo e bati de frente em um caminhão que conseguiu brecar e chamou o resgate. O motor da moto se partiuem dois.
Usava capacete, sem travar no pescoço. Protegeu minha cabeça quando fui ao chão, mas antes foi empurrando meu rosto, a viseira quebrando dentro de meu olho esquerdo, o restante quebrando os ossos de minha face.
Havia muito sangue, o motorista no início achou que eu já falecera. Depois de cento e noventa quilômetros de ambulância, o hospital. Fiquei um mês em coma induzido, para suportar a dor – abriram meu abdômen, para avaliar meu estado e colocaram platina na perna para a lesão do joelho. Passei três meses no hospital.
Tinha medo da cadeira de rodas. Com fisioterapia no hospital, recuperarei os movimentos. Depois do orifício em minha garganta (traqueostomia), a fonoaudióloga me ajudou a falar de novo. Meu olho esquerdo doía muito,busquei ajuda e com uma prótese, a dor passou. Sou monocular. Quero trabalho, quero estudo, sonho com advocacia. Meu ex-patrão não pagou nada do que me devia. Luto pelos meus direitos "A arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal." Machado de Assis
Trabalhei das sete às dezessete horas, o patrão disse que ficaria como vigia a noite . Pagaria hora extra. De manhã, muito cansado peguei minha moto e o rumo de casa. Na pista de mão dupla, dormi dirigindo e bati de frente em um caminhão que conseguiu brecar e chamou o resgate. O motor da moto se partiu
Havia muito sangue, o motorista no início achou que eu já falecera. Depois de cento e noventa quilômetros de ambulância, o hospital. Fiquei um mês em coma induzido, para suportar a dor – abriram meu abdômen, para avaliar meu estado e colocaram platina na perna para a lesão do joelho. Passei três meses no hospital.
Tinha medo da cadeira de rodas. Com fisioterapia no hospital, recuperarei os movimentos. Depois do orifício em minha garganta (traqueostomia), a fonoaudióloga me ajudou a falar de novo. Meu olho esquerdo doía muito,busquei ajuda e com uma prótese, a dor passou. Sou monocular. Quero trabalho, quero estudo, sonho com advocacia. Meu ex-patrão não pagou nada do que me devia. Luto pelos meus direitos "A arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal." Machado de Assis
(Caso Real)
Elizabeth Fritzsons da Silva. Psicóloga-Diretora/UADPD.
TÂO LONGE, DE MIM DISTANTE - Caso Real
Posso desenhar para você, usando Libras as letras de meu nome: Sandro. Sou surdo desde criança. O surdo sofre muito primeiramente com a família, quase sempre despreparada para o convívio. Não é suficiente a comunicação somente com sinais inventados em casa, no máximo apontam objetos nomeando (como água, comida, sair...).
A informação, os apelidos carinhosos, e as explicações sobre o que é o mundo não existem. Muito menos regras sociais de convivência (Por favor, Obrigado, Quer ajuda?). Comigo era tudo no tranco – apanhava para trabalhar na roça, de um pai envergonhado com a minha condição. A capacidade de se comunicar dele também não era lá essas coisas, batia muito em minha mãe. Ela, em sua ansiedade de falar comigo, escrevia. E eu fingia que conseguia ler. Todas as crianças precisam passar logo no início de suas vidas pelo teste da orelhinha.
Em caso de surdez, precisamos capacitar todos os envolvidos com sua educação em Libras, permanecendo com apoio técnico por muitos anos, usando os gestos, as expressões fisionômicas, as leituras traduzidas para Libras, os filmes e documentários. Há que informar esta criança. Para depois trabalhar a informação em regras de civilização. Meus vizinhos de roça também não me entendiam, e gozavam muito. Nunca fui à escola, mas percebia que escrever era importante, e sozinho comecei a copiar as letras e tentar juntar com o que eu sabia nomear.
Só com 18 anos tive acesso ao alfabeto. Conclui que precisava mudar alguma coisa em minha vida e fugi com amigo, surdo também, para a grande cidade, mesmo com medo da violência. Lá era possível ganhar algum dinheiro, vendendo objetos em semáforos. Com 22 anos descobri a língua de sinais, em uma igreja. Com a lei de Cotas tive a primeira oportunidade de emprego fixo – usinagem. Fiquei 1 ano e 3 meses. Casei com 29 anos, ela é surda.
Em confecção cortei tecido, durante 3 anos e meio. O salário atrasava muito, e pagar as contas só com o salário de empacotadora de minha esposa estava difícil, mudei para o atual trabalho que é ótimo, nesta nova firma quatro pessoas falam Libras! Temos filhinha de sete anos que já é a nossa tradutora, sabe Libras e nos conecta ao mundo.
Ela aprendeu o português com minha cunhada. Sentimos imensa falta de serviço profissionalmente estruturado de tradução de Libras, em todos os lugares. Na sala do convênio médico nunca sei quando estou sendo chamado. E explicar o que se sente na consulta? E entender como usar a medicação? Somente com este direito de falar e ser ouvido respeitado é que não sentirei mais o mundo “tão longe, de mim distante...”
Caso real.Elizabeth Fritzsons da Silva, psicóloga e diretora da Unidade de Atenção aos Direitos da Pessoa com Deficiência.
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Sou Guri Guerreiro
Nasci gaucho, na minha família, sempre temos dois ou três contemplados com problemas de visão em cada casa. Eu e meu irmão aprendemos Braille (ambos ainda com resíduo visual - baixa visão) na Instituição Santa Luzia, exigência para que freqüentar sem pagar, como precisávamos.
Evaldo, criador do Gira-Braille (Imagem Google)
Pessoas que enxergam costumam achar muito difícil esta linguagem, e descobrimos que seria possível numerar cada símbolo dos 64, falando em código. Era divertido falar - Esse daí é um 2-15, 2-15 (bo, bo)!
Ninguém mais entendia!. Já trabalhava com informática e jogava profissionalmente futebol de salão em time de pessoas com deficiência (era monocular), não vi a aproximação da bola que bateu neste olho com força suficiente para descolar minha retina. Evoluiu para glaucoma, fui “compulsoriamente” aposentado aos 24 anos.
Levei três anos para conseguir sair, sozinho, da minha “concha de dor”, minha esposa não aceitava minha deficiência nem a da minha primogênita. Quando aprendi a usar a bengala, a memória dos locais já freqüentados ajudou muito. Voltei à vida. Tinha uma inquietação – como, em minha condição, ainda ser útil às pessoas?
Encontrei lógica no Braille – repetição em análise combinatória. Criei uma espécie de cubo com três peças móveis capazes de girar em um eixo, que permite montar cada letra com rapidez, com pontos em relevo.
Criei renda adicional, patrimônio futuro para meus filhos e deixei o mundo dos videntes que querem ajudar os deficientes visuais muito mais fácil. Penso que: “Na vida, tudo o que você quiser, você busca, basta acreditar e ir à luta, que você consegue.”.
Caso você se interesse em adquirir o Gira-Braille entrar em contato com Evaldo: (41) 9114-1651 (Paraná) ou sistemabraille@bol.com.br
Caso Real.Elizabeth Fritzsons da Silva, Psicóloga-Diretora/UADPD.
Terapia polêmica usa vitamina D em doses altas contra esclerose múltipla
DÉBORA MISMETTIEDITORA-ASSISTENTE DE "CIÊNCIA+SAÚDE
Há quase três anos o paulistano Daniel Cunha, 26, acordou com metade de seu rosto dormente. Foi trabalhar, voltou para casa e achou que a sensação ia passar. Não só não passou como piorou.
Foi ao hospital, fez exames e, depois de algumas consultas, recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla. O mal é autoimune, causado pelo ataque ao revestimento dos neurônios pelo sistema imunológico da própria pessoa.
Desde 2010, Cunha abandonou o tratamento convencional, com injeções de interferon, remédio que controla a ação inflamatória da esclerose, mas causa efeitos colaterais como febre e mal-estar.
Ele passou a tomar todo dia uma dose alta de vitamina D, prescrita pelo neurologista Cícero Galli Coimbra, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O tratamento não é reconhecido pela maioria dos especialistas, que o consideram experimental.
Isso não impediu Cunha de usar a vitamina. Ele ficou tão satisfeito que realizou, com meios próprios e ajuda de amigos, um documentário de 30 minutos, disponível desde abril no YouTube (youtube.com/watch?v=erAgu1XcY-U), sobre a terapia.
No vídeo, com 18 mil acessos, pacientes de Coimbra falam sobre a vida antes e depois do novo tratamento, e o médico explica a relação entre a vitamina D e a doença.
HORMÔNIO
Produzida pelo corpo quando a pele fica exposta ao sol, a vitamina D na verdade é um hormônio, apesar de manter o nome consagrado.
É consenso há muito tempo que ela tem papel importante na mineralização dos ossos. "Experimentos vêm mostrando que ele age em vários outros tecidos, especialmente no sistema imunológico", afirma a endocrinologista Marise Castro.
No caso da esclerose múltipla, pesquisas mostram que a prevalência da doença é mais alta em países distantes da linha do Equador, com incidência solar mais baixa, onde a população produz menos vitamina D.
Segundo Coimbra, a suplementação com o hormônio vem sendo testada desde os anos 1980 para reduzir os surtos de esclerose, períodos em que a doença pode deixar sequelas. Para ele, já há evidência suficiente de que as pessoas com a moléstia têm deficiência da vitamina.
"Desde 2003 venho cumprindo o dever ético de corrigir o problema metabólico desses pacientes. Todo médico tem a obrigação de fazer isso", afirma o neurologista.
Até hoje, diz Coimbra, quase 900 pacientes com esclerose múltipla foram tratados. A maioria usa de 30 mil a 70 mil UI de vitamina D ao dia, mas alguns tomam 200 mil.
A dose ideal para a suplementação ainda é motivo de debate. Segundo Marise Castro, a quantidade usual é de 400 a 2.000 UI.
Mas, segundo Coimbra, essas doses não são realistas. "As pessoas com esclerose têm uma resistência genética à vitamina e precisam de doses mais altas."
Os pacientes dele seguem uma dieta sem laticínios e fazem exames periódicos para controlar os níveis de cálcio na urina e no sangue. A vitamina D tem relação com o cálcio, e as doses altas podem causar cálculos renais.
"A intoxicação por vitamina D pode ser grave e leva meses para curar, porque ela se deposita no tecido adiposo", diz a endocrinologista.
Coimbra rebate, citando um estudo que acompanhou pacientes com esclerose tomando vitamina D por sete meses, em doses crescentes, até chegar a 40 mil UI por dia
Para Maria Fernanda Mendes, membro-titular da Academia Brasileira de Neurologia, não há provas suficientes para receitar a terapia.
"Temos feito exames para dosar a vitamina e repô-la em caso de deficiência, até por conta da demanda dos pacientes, mas não é a recomendação oficial. Como há um tratamento comprovadamente melhor, esse só pode ser usado em pesquisas."
Coimbra diz que não concorda com a realização de estudos controlados em que parte dos pacientes recebam a vitamina e parte, placebo.
"Alguém já fez estudo controlado sobre usar insulina para crianças diabéticas? Não, porque elas iam morrer. Se você tivesse uma filha com esclerose múltipla, que poderia ficar cega em um surto, correria o risco do placebo?"
Coimbra afirma que a relutância dos médicos em aceitar o tratamento vem dos conflitos de interesse com as farmacêuticas. "Há um interesse fabuloso no tratamento tradicional, que custa até R$ 11 mil por paciente por mês."
O conflito de interesses foi um dos motivos que levou Daniel Cunha a fazer o documentário. "O tratamento com vitamina D me custa R$ 50 por mês. É a minha saúde, não é um leilão. Não me interessa se alguém vai ganhar dinheiro com isso. As pesquisas que todo mundo pede nunca vão sair, quem pagaria isso se não as farmacêuticas? Mas as pessoas não precisam ser reféns. A internet é nossa arma."
Fonte
Há quase três anos o paulistano Daniel Cunha, 26, acordou com metade de seu rosto dormente. Foi trabalhar, voltou para casa e achou que a sensação ia passar. Não só não passou como piorou.
Foi ao hospital, fez exames e, depois de algumas consultas, recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla. O mal é autoimune, causado pelo ataque ao revestimento dos neurônios pelo sistema imunológico da própria pessoa.
Desde 2010, Cunha abandonou o tratamento convencional, com injeções de interferon, remédio que controla a ação inflamatória da esclerose, mas causa efeitos colaterais como febre e mal-estar.
Ele passou a tomar todo dia uma dose alta de vitamina D, prescrita pelo neurologista Cícero Galli Coimbra, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O tratamento não é reconhecido pela maioria dos especialistas, que o consideram experimental.
Isso não impediu Cunha de usar a vitamina. Ele ficou tão satisfeito que realizou, com meios próprios e ajuda de amigos, um documentário de 30 minutos, disponível desde abril no YouTube (youtube.com/watch?v=erAgu1XcY-U), sobre a terapia.
No vídeo, com 18 mil acessos, pacientes de Coimbra falam sobre a vida antes e depois do novo tratamento, e o médico explica a relação entre a vitamina D e a doença.
Daniel Cunha, 26, autor de documentário sobre esclerose
Produzida pelo corpo quando a pele fica exposta ao sol, a vitamina D na verdade é um hormônio, apesar de manter o nome consagrado.
É consenso há muito tempo que ela tem papel importante na mineralização dos ossos. "Experimentos vêm mostrando que ele age em vários outros tecidos, especialmente no sistema imunológico", afirma a endocrinologista Marise Castro.
No caso da esclerose múltipla, pesquisas mostram que a prevalência da doença é mais alta em países distantes da linha do Equador, com incidência solar mais baixa, onde a população produz menos vitamina D.
Segundo Coimbra, a suplementação com o hormônio vem sendo testada desde os anos 1980 para reduzir os surtos de esclerose, períodos em que a doença pode deixar sequelas. Para ele, já há evidência suficiente de que as pessoas com a moléstia têm deficiência da vitamina.
"Desde 2003 venho cumprindo o dever ético de corrigir o problema metabólico desses pacientes. Todo médico tem a obrigação de fazer isso", afirma o neurologista.
Até hoje, diz Coimbra, quase 900 pacientes com esclerose múltipla foram tratados. A maioria usa de 30 mil a 70 mil UI de vitamina D ao dia, mas alguns tomam 200 mil.
A dose ideal para a suplementação ainda é motivo de debate. Segundo Marise Castro, a quantidade usual é de 400 a 2.000 UI.
Mas, segundo Coimbra, essas doses não são realistas. "As pessoas com esclerose têm uma resistência genética à vitamina e precisam de doses mais altas."
Os pacientes dele seguem uma dieta sem laticínios e fazem exames periódicos para controlar os níveis de cálcio na urina e no sangue. A vitamina D tem relação com o cálcio, e as doses altas podem causar cálculos renais.
"A intoxicação por vitamina D pode ser grave e leva meses para curar, porque ela se deposita no tecido adiposo", diz a endocrinologista.
Coimbra rebate, citando um estudo que acompanhou pacientes com esclerose tomando vitamina D por sete meses, em doses crescentes, até chegar a 40 mil UI por dia
"Temos feito exames para dosar a vitamina e repô-la em caso de deficiência, até por conta da demanda dos pacientes, mas não é a recomendação oficial. Como há um tratamento comprovadamente melhor, esse só pode ser usado em pesquisas."
Coimbra diz que não concorda com a realização de estudos controlados em que parte dos pacientes recebam a vitamina e parte, placebo.
"Alguém já fez estudo controlado sobre usar insulina para crianças diabéticas? Não, porque elas iam morrer. Se você tivesse uma filha com esclerose múltipla, que poderia ficar cega em um surto, correria o risco do placebo?"
Coimbra afirma que a relutância dos médicos em aceitar o tratamento vem dos conflitos de interesse com as farmacêuticas. "Há um interesse fabuloso no tratamento tradicional, que custa até R$ 11 mil por paciente por mês."
O conflito de interesses foi um dos motivos que levou Daniel Cunha a fazer o documentário. "O tratamento com vitamina D me custa R$ 50 por mês. É a minha saúde, não é um leilão. Não me interessa se alguém vai ganhar dinheiro com isso. As pesquisas que todo mundo pede nunca vão sair, quem pagaria isso se não as farmacêuticas? Mas as pessoas não precisam ser reféns. A internet é nossa arma."
Fonte
Sem paternalismo, diretor investe em ator 'fora do padrão'
JAIRO MARQUES
DE SÃO PAULO
"Só uma das mãos não faz o aplauso, só uma boca jamais fará o beijo. Todos juntos, sim, podem formar a imensa risada, que quando for realmente enorme, Deus vai ouvir e nunca mais vai se sentir sozinho."
É no espírito da poesia de Oswaldo Montenegro que o irmão caçula do cantor, Deto, dirige a diversidade na escola de teatro "Oficina dos Menestreis".
O espaço tem o mesmo número de turmas de alunos "convencionais" que de alunos "fora do padrão" comum.
São cadeirantes, cegos, pessoas com síndrome de Down, idosos e, há mais de um mês, iniciou-se um grupo com autistas. Todos com temporadas disputadas de apresentações no teatro Dias Gomes (zona sul de São Paulo).
"A história começou em 2003, quando vi uma moça cadeirante em meio ao Carnaval do Rio, linda, sorridente. Na hora propus a ela para fazermos uma turma só de cadeirantes, que deu muito certo", diz Deto Montenegro, 49.
O espaço artístico, afirma o diretor, não é campo de terapias ou assistencialismo.
"Não faço paternalismo. Para subir ao palco, as pessoas precisam ter o que oferecer. É delicado tratar com a diversidade, mas tenho de ter o controle. Tenho muito orgulho de dirigir cego, cadeirante, down, porém, não abro mão da qualidade artística."
Há 21 anos em São Paulo, Deto é carioca, pai de dois filhos e não teve história ligada a causas sociais.
"O segredo de dar certo é o respeito às diferenças entre as pessoas e encontrar o charme que elas possuem. É difícil ter em um aluno regular a espontaneidade de um aluno com down, a carinha de ternura dele. E por aí vai."
A formação do diretor veio do trabalho ao lado do irmão, desde os 18 anos, em shows teatrais. Estreou em Brasília, ao lado de Cássia Eller e Zélia Duncan. Mais tarde, começou a dar aulas, mas, de acordo com Deto, sem compromisso profissional.
"Faço condicionamento artístico das pessoas. Não tenho a pretensão de formar um ator, mas sim de dar as pessoas a chance de desenvolver seu instinto para o teatro", afirma Deto.
SOCIABILIZAÇÃO
A dona de casa Ana Araújo acorda cedo aos domingos. Sai de Itapevi (Grande São Paulo) e pega trem e metrô para levar o filho André, 12, que tem autismo moderado, para fazer parte do grupo de teatro de Deto Montenegro.
"A ideia é excelente. Trabalha com a estima das pessoas e faz com que elas sejam percebidas pelos outros. Usar a arte para sociabilizar é muito interessante. Meu filho está amando", diz a mãe.
O projeto ainda é incipiente e é acompanhado pela psicóloga Tatiane Cristina Ribeiro, que atua com o público autista na USP e na Unifesp.
"Eles estão fazendo um curso que treina suas habilidades como a improvisação, os olhares, as expressões faciais. Não é uma terapia. No final eles serão outras pessoas, em alguma intensidade."
Diretor do grupo, Deto adota a mesma técnica de ensinar da dos outros alunos.
"Procuro trazê-los para o meu mundo, com humildade. Não tenho de dominar o autismo, preciso enquadrá-los no meu método. Todo humano tem seu lado artístico."
Autismo é um transtorno que afeta a sociabilidade, a comunicação e provoca interesse restrito de atenção.
Fonte
DE SÃO PAULO
"Só uma das mãos não faz o aplauso, só uma boca jamais fará o beijo. Todos juntos, sim, podem formar a imensa risada, que quando for realmente enorme, Deus vai ouvir e nunca mais vai se sentir sozinho."
É no espírito da poesia de Oswaldo Montenegro que o irmão caçula do cantor, Deto, dirige a diversidade na escola de teatro "Oficina dos Menestreis".
O espaço tem o mesmo número de turmas de alunos "convencionais" que de alunos "fora do padrão" comum.
O diretor e ator Deto Montenegro (de azul-claro) com alunos no teatro Dias Gomes, na zona sul de São Paulo
"A história começou em 2003, quando vi uma moça cadeirante em meio ao Carnaval do Rio, linda, sorridente. Na hora propus a ela para fazermos uma turma só de cadeirantes, que deu muito certo", diz Deto Montenegro, 49.
O espaço artístico, afirma o diretor, não é campo de terapias ou assistencialismo.
"Não faço paternalismo. Para subir ao palco, as pessoas precisam ter o que oferecer. É delicado tratar com a diversidade, mas tenho de ter o controle. Tenho muito orgulho de dirigir cego, cadeirante, down, porém, não abro mão da qualidade artística."
Há 21 anos em São Paulo, Deto é carioca, pai de dois filhos e não teve história ligada a causas sociais.
"O segredo de dar certo é o respeito às diferenças entre as pessoas e encontrar o charme que elas possuem. É difícil ter em um aluno regular a espontaneidade de um aluno com down, a carinha de ternura dele. E por aí vai."
A formação do diretor veio do trabalho ao lado do irmão, desde os 18 anos, em shows teatrais. Estreou em Brasília, ao lado de Cássia Eller e Zélia Duncan. Mais tarde, começou a dar aulas, mas, de acordo com Deto, sem compromisso profissional.
"Faço condicionamento artístico das pessoas. Não tenho a pretensão de formar um ator, mas sim de dar as pessoas a chance de desenvolver seu instinto para o teatro", afirma Deto.
SOCIABILIZAÇÃO
A dona de casa Ana Araújo acorda cedo aos domingos. Sai de Itapevi (Grande São Paulo) e pega trem e metrô para levar o filho André, 12, que tem autismo moderado, para fazer parte do grupo de teatro de Deto Montenegro.
"A ideia é excelente. Trabalha com a estima das pessoas e faz com que elas sejam percebidas pelos outros. Usar a arte para sociabilizar é muito interessante. Meu filho está amando", diz a mãe.
O projeto ainda é incipiente e é acompanhado pela psicóloga Tatiane Cristina Ribeiro, que atua com o público autista na USP e na Unifesp.
"Eles estão fazendo um curso que treina suas habilidades como a improvisação, os olhares, as expressões faciais. Não é uma terapia. No final eles serão outras pessoas, em alguma intensidade."
Diretor do grupo, Deto adota a mesma técnica de ensinar da dos outros alunos.
"Procuro trazê-los para o meu mundo, com humildade. Não tenho de dominar o autismo, preciso enquadrá-los no meu método. Todo humano tem seu lado artístico."
Autismo é um transtorno que afeta a sociabilidade, a comunicação e provoca interesse restrito de atenção.
Fonte
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Palestra na Secretaria de Saude de Americana
Palestra vai informar e conscientizar funcionários sobre inclusão de pessoas com deficiência
Quarta-Feira, 11 de Julho de 2012 - 18h35No próximo dia 1º de agosto, a Secretaria de Saúde vai promover uma palestra com a psicóloga e diretora da Unidade de Atenção aos Direitos da Pessoa com Deficiência da Promoção Social, Elizabeth Fritzsons da Silva.
O encontro é destinado a todos os profissionais da Saúde e vai acontecer às 13h30min, no auditório da Secretaria. Com o tema ‘Misture tudo: Pessoas Diferentes + Pessoas Eficientes + Pessoas com Deficiência’, Elizabeth vai informar e conscientizar os participantes sobre inclusão de pessoas com deficiência.
MISTURE TUDO: PESSOS COM DEFICIÊNCIA COMO CONVIVER
“É fundamental que todos sejam bem orientados para que ajam com cuidado e educação com aquela pessoa que, em algum momento, pode precisar de ajuda. Na rede pública de saúde atendemos pessoas com deficiência e entre os nossos servidores também há pessoas com deficiência”, comentou o secretário de saúde, Fabrizio Bordon.
Daiene Gonçalves, psicóloga do Recursos Humanos da Secretaria de Saúde e organizadora da palestra informou que para participar não é necessário fazer inscrição. “Queremos conscientizar o profissional de saúde sobre a necessidade de inclusão e o como realizá-la, tanto para os colegas portadores de necessidades especiais como usuários do SUS”, disse.
A psicóloga acrescentou que a expectativa é que todos saiam da palestra conscientizados sobre a importância da inclusão social. “Uma vez informados sobre os conceitos dos portadores de necessidades especiais e de inclusão espera-se que o atendimento melhore”, finalizou.
A Unidade de Atenção aos Direitos da Pessoa com Deficiência da Promoção Social oferece informações, cursos e oportunidade de trabalho para pessoas com deficiência em Americana. Capta currículos e fichas cadastrais e disponibiliza para as empresas parceiras. Realiza um trabalho para evidenciar as pessoas que podem ser eficientes, mesmo que diferentes ou com algum tipo de deficiência, procurando informar cada vez mais objetivando a inclusão social.
Fonte
Cartilha sobre Autismo
Acesse a direita no blog (Acesse a baixo cartilhas sobre Deficiências em geral). a Cartilha tem o nome Transtornos Invasivos do Desenvolvimento - 3º Milenio.
Nova cartilha sobre Autismo (2011- Secretaria Especial dos Direitos Humanos- Governo Federal).
Boa leitura!
Nova cartilha sobre Autismo (2011- Secretaria Especial dos Direitos Humanos- Governo Federal).
Boa leitura!
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Deficientes têm direito a assistência a bordo
Empresa que exige acompanhante deve justificar por escrito e oferecer desconto de no mínimo 80% do valor cobrado pelo bilhete do passageiro portador de deficiência; atendimento tem que ser prioritário para essas pessoas, por determinação da Anac.
Não é só em solo firme que as pessoas com deficiência têm direito a acessibilidade e prioridade no atendimento. Ao viajar de avião, esses passageiros também devem ter uma assistência especial. Uma delas - e que nem todos sabem - é que a empresa aérea que exigir um acompanhante para pessoa portadora de deficiência deve justificar por escrito e oferecer desconto de no mínimo 80% do valor cobrado pelo bilhete do passageiro portador de deficiência. De acordo com Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o acompanhante deve viajar em assento ao lado do portador da deficiência.
O cão-guia também pode viajar com o passageiro. "Ele viaja junto com o dono, dentro da aeronave, sendo que o cliente terá um assento especial para ele, sem um custo adicional. O cão precisa estar com arreio, apresentar o comprovante da vacinação antirábica assinado pelo médico veterinário, sendo que a vacina é obrigatória para animais a partir de 3 meses de idade e deve ter sido aplicada há mais de 30 dias e menos de um ano. É necessário também o certificado de saúde emitido pelo médico veterinário. Isso tem que ser solicitado no ato da compra", orienta Felipe Feltrin, agente de viagem.
O profissional ressalta que o passageiro precisa informar com antecedência sobre sua deficiência. "É preciso falar no ato da compra ou até 24 horas antes do voo. Isso fica marcado nas observações da reserva para que, ao chegar ao aeroporto, não tenha imprevistos. Os assentos também são prioridades para eles, sempre na frente", explica.
Segundo a Anac, quando necessitar de cadeira de rodas, oxigênio suplementar ou maca, o passageiro deve fazer a solicitação, de acordo com a prescrição médica, até 72 horas antes do horário do voo.
Direitos
A Anac ressalta que as pessoas com deficiência têm direito:
- Atendimento prioritário
- As administrações aeroportuárias deverão disponibilizar, nas áreas comuns dos aeroportos, telefones adaptados a pessoas com deficiência auditiva
- As informações a serem prestadas aos passageiros com deficiência auditiva devem ser formatadas na Língua Brasileira de Sinais - Libras. Aos passageiros portadores de deficiência visual, as informações escritas devem ser em braile e, em pelo menos dois idiomas, quando se tratar de um aeroporto internacional
- A empresa aérea que exigir um acompanhante para pessoa portadora de deficiência deve justificar por escrito e oferecer desconto de no mínimo 80% do valor cobrado pelo bilhete do passageiro portador de deficiência. O acompanhante deve viajar em assento ao lado do portador da deficiência
Procedimento para embarque e desembarque
Apresente-se ao balcão de check-in, portando documento com foto, no horário estabelecido pela empresa aérea conforme indicado no bilhete de passagem. Os passageiros que necessitam de assistência especial terão embarque prioritário em relação aos demais.A empresa aérea deverá oferecer veículos equipados com elevadores ou outros dispositivos apropriados para efetuar, com segurança, o embarque e desembarque de pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida. Fonte: Anac
Atendimento diferenciado
A resolução número 9, de 05 de junho de 2007, da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) determina que tenha direito a assistência especial os seguintes passageiros: crianças desacompanhadas, gestantes, idosos a partir de 60 anos, lactantes, pessoas com criança de colo, com mobilidade reduzida e pessoas com deficiência
Consultoria:
MR Turismo
Anac (Agência Nacional de Aviação Civil)
terça-feira, 10 de julho de 2012
Cidades inacabadas
PEDRO SOARES
VENCESLAU BORLINA FILHO
DO RIO
VENCESLAU BORLINA FILHO
DO RIO
País tem maioria das ruas iluminada, mas registra falta de calçadas acessíveis e esgoto a céu aberto.
De suas casas, a grande maioria dos brasileiros avistavam ruas iluminadas e pavimentadas e não tinham nas proximidades lixo ou esgoto a céu aberto, embora essa realidade não fosse compartilhada de modo igual por todas as regiões do país.
Esse é o retrato de 82,5% dos domicílios, conforme dados coletados pela primeira vez pelo IBGE no Censo 2010 e divulgados ontem.
Rampa para cadeirante no Itaim; apenas 4,7% das ruas do país têm rampa para deficientes
Olhando sob uma outra ótica, ressaltada pelo próprio IBGE, em pleno século 21, 11% das moradias ainda conviviam com a ausência de saneamento e 5% delas com lixo à porta.
Outro dado importante é que, apesar de o país ser o berçou da floresta amazônica, 32% das casas não têm árvores em suas imediações.
'O Brasil ainda tem muito por fazer para melhorar essas condições ambientais do entorno de muitos domicílios. Elas são importantes porque estão diretamente ligadas à saúde da população', disse Wasmália Bivar, presidente do IBGE.
DISPARIDADE REGIONAL
Para Bivar, os dados revelam também uma 'grande' disparidade regional. Nas regiões Norte e Nordeste, 32,2% e 26,3% dos domicílios tinham, respectivamente, esgoto a céu aberto em suas proximidades. A presença de lixo também era maior do que a média do país -7,8% e 6,5%, respectivamente.
De urbanização mais recente, o Centro-Oeste destacava-se com os melhores indicadores entre todas regiões.
'O Centro-Oeste foi ocupado em massa já na segunda metade do século 20. As cidades foram planejadas tomando por base os erros cometidos em outras regiões', diz Júlio Miragaya, economista do Conselho Federal de Economia e diretor da Codeplan (estatal de planejamento do Distrito Federal).
Além disso, são cidades menos populosas. 'Ou seja, o problema é menor. São menos ruas para prover de esgoto , pavimentação e outros serviços', diz o economista.
A região beneficia-se ainda, diz, do avanço expressivo da renda graças ao agronegócio, que permitiu maior investimentos nas cidades.
Já na visão da presidente do IBGE, as diferenças regionais acompanham as disparidades de rendimento. Os dados apontam que quanto maior a renda melhores as condições do entorno dos domicílios brasileiros.
Um item, segundo ela, ilustra bem essa discrepância: a calçada. No país, o equipamento que facilita o acesso às casas e ajuda a impedir a invasão da água em temporais está presente na quadra em frente a 45% dos lares mais pobres (com rendimento per capita de até 1/4 do salário mínimo). Nos mais ricos (mais de 2 salários mínimos), esse percentual era quase o dobro (87%).
O IBGE levanta ainda um dado curioso: 40% dos logradouros não tem identificação, ou seja, grande parte dos brasileiros não sabe onde mora ou por onde anda.
Aplicativo para celular guia deficientes visuais por voz
Qualquer pessoa que possua o aplicativo pode enviar e receber informações sobre determinadas localidades, que são transmitidas na forma de áudio.[Imagem: Igor de Carvalho Maia/USP Imagens]
Guia vocal
Pesquisadores da USP desenvolveram um aplicativo para celulares que ajuda deficientes visuais locomoverem-se pela cidade.
O Smart Audio City Guide - guia auditivo inteligente para cidade, em tradução livre - rendeu aos estudantes Renata Claro, Gabriel Reganati e Thiago Silva, o terceiro lugar na Imagine Cup, um concurso de inovação promovido pela Microsoft.
O aplicativo utiliza informações geolocalizadas e GPS, sendo alimentado por informações de qualquer usuário da rede, de maneira colaborativa.
Interação por voz
Qualquer pessoa que possua o aplicativo poderá enviar e receber informações sobre determinadas localidades, que são transmitidas na forma de áudio.
Por exemplo, pode-se enviar a informação "aqui há um orelhão" para o sistema, que registra automaticamente a localidade.
Na próxima vez que um usuário do aplicativo estiver passando pelo mesmo local, ele recebe a informação enviada anteriormente.
O usuário também pode receber as informações ao tocar a tela do aparelho em qualquer ponto.
Servidor melhor
O aplicativo será gratuito para os usuários, que só precisarão baixá-lo em seu aparelho.
Por causa da competição, promovida pela Microsoft, o Smart Audio City Guide foi desenvolvido para Windows Phone, mas está sendo aperfeiçoado para ficar mais acessível e para que seja disponibilizado em outros aparelhos.
Os estudantes planejam disponibilizar o aplicativo para download gratuito até o final do ano - eles dependem de um melhor servidor para gerenciar as informações, uma vez que o equipamento atual suportaria apenas um número limitado de usuários.
Fonte
sexta-feira, 6 de julho de 2012
Projeto quer adaptações para deficientes
Luiza Cazetta
Justiça dá prazo de 120 dias para Anatel fazer adaptações nos aparelhos para suprir barreiras existentes de uso
"Nunca consegui fazer ligação no celular. Eu só sabia atender", afirma Benedito Flávio de Oliveira, 48 anos. Por ser deficiente visual, a dificuldade de Benedito era localizar as teclas no aparelho móvel. Foi pensando nesses percalços que a 17ª Vara Federal Cível de São Paulo concedeu liminar em ação civil pública proposta no dia 16 de maio pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo e determinou que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), no prazo de 120 dias, elabore "projeto contemplando as adaptações normativas que suprimam as barreiras existentes" para o uso de celulares por pessoas com deficiência visual.
O casal Benedito Flávio de Oliveira e Eva Aparecida de Aguiar, ambos deficientes visuais, aprovou a nova tecnologia de voz
A regulamentação deverá estabelecer normas para que sejam oferecidos no mercado aparelhos que indiquem, de forma sonora, quais as operações e funções estão sendo clicadas pelo usuário cego ou com visão reduzida.
A medida foi aprovada por Benedito, que há dois meses ganhou do CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), de Campinas, um smartphone que obedece ao comando de voz. "Facilita muito, porque tudo o que a gente procura o celular 'fala', como fazer chamada ou mensagem. Tem o som para identificar", explica.
HISTÓRICO
Em maio de 2011, após receber reclamações que indicavam as dificuldades na aquisição de celulares acessíveis aos deficientes visuais, a PRDC (Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão) solicitou esclarecimentos à Anatel e foi informada que diversos aparelhos já possuíam facilidades que propiciavam a interação por intermédio da fala. Na época, a Agência enviou ao MPF (Ministério Público Federal) uma relação de aparelhos que possuem o software "leitor de mensagens".
Da lista fornecida pela Anatel apenas alguns modelos foram encontrados no mercado nacional, sendo a maioria com tela sensível ao toque, o que torna sua navegação praticamente impossível aos deficientes visuais. "O software 'leitor de mensagens' que acompanha esses aparelhos opera apenas nos idiomas inglês e finlandês", informa a ação.
"Nunca consegui fazer ligação no celular. Eu só sabia atender", afirma Benedito Flávio de Oliveira, 48 anos. Por ser deficiente visual, a dificuldade de Benedito era localizar as teclas no aparelho móvel. Foi pensando nesses percalços que a 17ª Vara Federal Cível de São Paulo concedeu liminar em ação civil pública proposta no dia 16 de maio pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo e determinou que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), no prazo de 120 dias, elabore "projeto contemplando as adaptações normativas que suprimam as barreiras existentes" para o uso de celulares por pessoas com deficiência visual.
A regulamentação deverá estabelecer normas para que sejam oferecidos no mercado aparelhos que indiquem, de forma sonora, quais as operações e funções estão sendo clicadas pelo usuário cego ou com visão reduzida.
A medida foi aprovada por Benedito, que há dois meses ganhou do CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), de Campinas, um smartphone que obedece ao comando de voz. "Facilita muito, porque tudo o que a gente procura o celular 'fala', como fazer chamada ou mensagem. Tem o som para identificar", explica.
HISTÓRICO
Em maio de 2011, após receber reclamações que indicavam as dificuldades na aquisição de celulares acessíveis aos deficientes visuais, a PRDC (Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão) solicitou esclarecimentos à Anatel e foi informada que diversos aparelhos já possuíam facilidades que propiciavam a interação por intermédio da fala. Na época, a Agência enviou ao MPF (Ministério Público Federal) uma relação de aparelhos que possuem o software "leitor de mensagens".
Da lista fornecida pela Anatel apenas alguns modelos foram encontrados no mercado nacional, sendo a maioria com tela sensível ao toque, o que torna sua navegação praticamente impossível aos deficientes visuais. "O software 'leitor de mensagens' que acompanha esses aparelhos opera apenas nos idiomas inglês e finlandês", informa a ação.
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